Pandemia e o ano em que realmente aprendi o significado de "ser disruptivo"
A comunicação e a mensuração devem estar aliadas aos objetivos do negócio e o cliente sente em seu crescimento constante. E que esse fim de pandemia seja um túnel em que logo encontraremos a luz novamente.
quinta-feira, 18 de março de 2021
Atualizado às 14:50
A pandemia não passa, a gente deu uns passos para frente e, agora, refreamos a vida. Quando virou o ano, estive pensando muito que tinha passado os cinco anos anteriores frequentando eventos de comunicação e tecnologia e sempre ouvindo o termo: "você tem que ser disruptivo, temos que ser disruptivos"....
E eu só pensava, "como é que eu faço para ter um "negócio disruptivo"? Para ser assim tão moderna, e disruptiva.... A própria rotina do meu trabalho muitas vezes é não ter rotina, mas para o bom funcionamento, muitas coisas devem ser feitas todos os dias, temos sistemática de trabalho, e datas para entregas e sem isso, não teríamos um negócio há quase vinte anos. Tudo isso para chegar a seguinte reflexão: 2020 foi o ano em que todos nós, a duras penas, com erros e acertos, estamos modernizados e aprendemos a ser disruptivos!!
Horários foram flexibilizados, colaboradores trabalharam um grande período de casa, por vezes foram aos escritórios, pessoas foram contratadas sem ao menos conhecer o chefe pessoalmente, muitos fizeram jornadas adaptativas, fizeram os seus melhores horários, e tudo o que já sabemos. Precisamos de um grande atraso na saúde mundial, um vírus que colocou todos nós de joelhos perante uma nuvem cinza que clareou, e agora escureceu um pouco de novo.
Mas certamente podemos dizer que chegamos ao começo do fim bem mais disruptivos. Quem inovou, desapegou, foi disruptivo, inclusive até cresceu, e muitos do setor jurídico tão essencial nos períodos de crise, cresceram. Então aproveitando o foco de minha comunicação aqui, vai um recado importante. Ser disruptivo significa inovar. Se você ainda não está fazendo comunicação para a sua marca, a "ação disruptiva" está precária. Os autores nos dizem que ser disruptivo é tornar-se protagonista na sua vida, e em seus campos de atuação. No campo da comunicação o trabalho de fortalecimento de imagem concede protagonismo as marcas e porta-vozes que o constroem.
Reputação positiva da empresa gera impacto no volume de vendas sim! Antes considerado uma área de apoio, a comunicação é hoje uma área central das empresas. Entre qualidade e quantidade, os resultados apresentados mensalmente em relatórios à alta direção, apontam mensuração que medem exposição e impacto em sua reputação. Quando uma empresa, uma associação, uma organização, desenvolve um bom trabalho de comunicação com uma boa gestão, essa será uma dupla para medir o resultado do trabalho.
São vitrines de relacionamentos com públicos alvos de prospecção, com as comunidades do entorno, com público interno, parceiros e colaboradores. O trabalho se soma pela realização de eventos, pelo diálogo via redes sociais, e pelo diálogo público por meio da exposição nos veículos de comunicação. Muito do que é realizado pela empresa pode e deve ser comunicado. A comunicação e a mensuração devem estar aliadas aos objetivos do negócio e o cliente sente em seu crescimento constante. E que esse fim de pandemia seja um túnel em que logo encontraremos a luz novamente.
Luciana Juhas
Jornalista e diretora da Galeria de Comunicações.