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Como evitar golpes na Black Friday

Aproveitando-se da maior atenção do consumidor e das facilidades permitidas pela internet, fraudadores também criam armadilhas para obter dados financeiros ou senhas de outros sites.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Atualizado às 08:31

 (Imagem: Arte Migalhas)

(Imagem: Arte Migalhas)

Principalmente nestes períodos de Black Friday e época festiva, boa parte dos consumidores vai às compras, especialmente em virtude das inúmeras promoções que as principais lojas oferecem. Porém, aproveitando-se da maior atenção do consumidor e das facilidades permitidas pela internet, fraudadores também criam armadilhas para obter dados financeiros ou senhas de outros sites. Você sabe como evitar cair nestes golpes virtuais? Aqui vão algumas dicas:

1.       Pesquise! Informação é o que não falta;

A internet permitiu que portais até então desconhecidos ou distantes compitam uns com os outros e também com os grandes varejistas. Nesse cenário onde tudo está a poucos cliques de distância, todos os comerciantes acabam tendo espaço similar, independentemente de seu compromisso com o consumidor ou com os negócios.

Nessa imensidão de oportunidades, é comum o consumidor se sentir atraído por portais não tão confiáveis, o que pode gerar transtornos mais à frente. Por isso, pesquisar antes de concluir o negócio é fundamental: existem sólidos portais digitais de reclamação de consumidores (como o Reclameaqui) e redes sociais onde se pode buscar informações sobre a empresa e se antecipar a eventual problema. Vivemos em um ambiente de informações abundantes, portanto, fazer uso delas é essencial.

2.       Navegue apenas por sites seguros e somente compre em sites conhecidos;

Naturalmente, os principais portais costumam investir mais em segurança da informação. Em contraste, parte dos sites onde se veiculam ofertas não são tão seguros, o que acaba aumentando o risco para o consumidor. Dessa forma, dar preferência a sites conhecidos e mais bem avaliados pode ser importante para evitar cair em armadilhas digitais. Na dúvida, confira sempre se está navegando em um site seguro. Nosso próprio dispositivo nos alerta em caso de insegurança e é bom dar ouvidos a ele.

3.       Cuidado com o phishing!

Phishing quer dizer pescaria, em inglês. No cenário digital, sites phishing são aqueles sites falsos em que o fraudador faz de tudo para deixar o seu portal idêntico ao que quer imitar, com diferenças quase imperceptíveis, como trocando uma letra O pelo número 0, a letra I pela L e por aí vai. O objetivo aqui é publicar um site falso, que geralmente visa a captura de dados do consumidor (como seus dados de cartão de crédito ou senhas), para que o fraudador possa utilizá-los indevidamente. Por isso, sempre tome cuidado com os sites em que se está navegando e confira, principalmente, se o endereço eletrônico do site (sua URL) está escrito da forma correta. 

4.       Quando possível, dê preferência aos cartões virtuais; e

Cartões virtuais são aqueles gerados pelo banco que servem para uso em somente uma compra, como se fosse descartável. Eles já estão disponíveis nos principais bancos e protegem o consumidor, pois evitam que seus dados de pagamento sejam compartilhados com potenciais fraudadores e utilizados indevidamente. Assim, se disponíveis, recomenda-se sua utilização, principalmente nos sites em que haja alguma desconfiança.

5.       Em caso de incidentes ou dissabores, procure um advogado

Todos estamos sujeitos a cair em golpes digitais ou passar por dissabores. Por isso, lembre-se, a internet não é um terreno sem leis e caso você tenha sido vítima de um ilícito do tipo, procure um(a) advogado(a) antes de tomar qualquer medida. Ele(a) saberá como te orientar e a qual órgão recorrer, para resolver a situação.

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 *Renato Gomes de Mattos Malafaia é advogado especializado em Direito Digital e Segurança da Informação na Daniel Advogados, bacharel em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pós-graduado em Direito e Tecnologia da Informação pela Escola Politécnica de Engenharia da Universidade de São Paulo, membro do Comitê de Compliance Digital da LEC (Legal Ethics & Compliance), membro da Comissão Permanente de Estudos de Tecnologia e Informação do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo) e membro da Comissão de Direito e Inteligência Artificial do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo).

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