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Advocacia 4.0: A nova era no mundo jurídico

Que venha toda a tecnologia possível para associar-se à inteligência, capacidade e talento humano. As pessoas e os profissionais sempre foram e sempre serão o que tem de melhor em cada escritório.

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Atualizado em 7 de agosto de 2019 17:34

A revolução 4.0 está aí também para impactar as atividades e profissões mais tradicionais como, a própria advocacia. Hoje, busca-se a Advocacia 4.0, que deve ser encarada como um desafio, mas também vista com os melhores olhos por tudo o que já representa e ainda representará no mundo jurídico, em especial para o exercício da advocacia. 

A tecnologia deve ser encarada como um presente para os advogados e escritórios de advocacia que visam o crescimento com qualidade como diferencial. A inteligência artificial já faz parte do nosso dia a dia e veio para somar à nossa atividade, jamais pode ser considerada uma vilã. Os advogados não serão substituídos por máquinas, como se temia até bem pouco tempo. Ao contrário, o talento humano deve ser somado ao que a tecnologia, leia-se, inteligência artificial, tem a contribuir. A meu ver, trata-se de união de forças. 

A inserção da inteligência artificial na rotina dos escritórios de advocacia e, portanto, dos advogados, traz um processo de simplicidade, retira dos advogados aquelas tarefas mais burocratas, repetitivas que tomam o que hoje temos de mais precioso que é o tempo. Este alto custo financeiro e de tempo é absorvido por sistemas e plataformas que realizam tarefas repetitivas, fazem buscas a julgados, arquivam documentos na nuvem, recebem intimações, agendam prazos, entre outras muitas tarefas que podem ser realizadas com um nível alto de segurança e agilidade que somente uma máquina é capaz de fazer.

E, sendo assim, o que cabe ou caberá à nova advocacia 4.0? Caberá adaptar-se a esse novo cenário. O advogado deve ter condições de trabalhar com a máquina, utilizando essa inteligência artificial a seu favor. Por óbvio, aqueles advogados que até então apenas faziam o trabalho burocrático, repetitivo, poderão perder suas funções.

Por outro lado, e esta é a maior vantagem que vejo nesse novo cenário que se apresenta, é que o advogado voltará a exercer o seu papel de essência, elaborando teses, traçando estratégias juntamente com seus clientes, participando de reuniões, muitas delas não presenciais, fazendo um atendimento de excelência aos seus clientes, uma vez que terão tempo hábil para tanto.  Destacar-se-ão aqueles advogados talentosos, com diferencial de especialização, dispostos a inovar e aprender, os mais bem preparados tecnicamente e os que melhor atenderem as demandas de mercado e dos clientes. 

A inteligência artificial em escritórios de advocacia já é vista como um importante diferencial. Grandes empresas preferem escritórios bem equipados, que contam com a melhor plataforma, com o melhor sistema, que garanta mais segurança e redução da margem de erro e absorção de volume de trabalho. A jurimetria, também oferecida por plataformas especializadas, também veio para garantir mais segurança ao se traçar uma estratégia jurídica, o que é, sem dúvidas, outro grande diferencial.

Um time que trabalha com inteligência artificial, que consegue desempenhar a sua atividade da melhor forma, é onde os talentos se destacam. A simplificação e a não realização de tarefas repetitivas e burocráticas servem de estimulo a todos.

Por fim, vejo somente vantagens nessa nova era, esse novo caminho que estamos trilhando e que nos levará à prestação de serviços advocatícios cada vez melhores e mais especializados. Este é o objetivo final. Que venha toda a tecnologia possível para associar-se à inteligência, capacidade e talento humano. As pessoas e os profissionais sempre foram e sempre serão o que tem de melhor em cada escritório. 

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*Ana Paula Medina Konzen é advogada especialista em direito societário e empresarial.

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