4 conceitos de tecnologia importantes para a prática do direito

A mudança para um mundo mais conectado trouxe novos conceitos de tecnologia que se tornaram importantes para a prática do direito. Questões como jurimetria, a criação de uma lei que regulamenta o uso de dados pessoais e até uma área do direito que consequentemente se dedica a estudar e estabelecer normas para o digital passaram a ter mais espaço nos debates.

Cada vez mais os advogados entendem que, para estar à frente, ganhar visibilidade e, sobretudo, competitividade, precisam compreender melhor as novas tecnologias.

Inovação e Direito

Desde a primeira revolução industrial estamos em constante evolução e aprendizado. Quem não se lembra das cenas do filme "Tempos Modernos", de Charles Chaplin, que retrata a implantação de máquinas para automatizar o trabalho repetitivo. No filme, a máquina revolucionária, infelizmente, tem como finalidade acabar com a hora do almoço, para que o funcionário produza mais. 

Ao contrário do filme, com a evolução das tecnologias, as máquinas puderam auxiliar e otimizar a rotina de muitas empresas, facilitando a comunicação sem limitação geográfica. 

A seguir, separamos alguns conceitos de tecnologia que estão em alta e que vão impactar muito a rotina jurídica nos próximos anos.

#1 Inteligência Artificial 

O uso de inteligência artificial não é apenas mais uma possibilidade reservada ao futuro, ela já faz parte do dia a dia de alguns tribunais brasileiros. A fim de dar celeridade na resolução de processos, os robôs trabalham em conjunto com os servidores dos tribunais. 

Ainda não é muito comum o uso da IA em escritórios de pequeno e médio porte, mas, futuramente, com a sua popularização, a tendência é que ela faça parte da rotina de todos os profissionais do Direito. 

#2 Legal Design Thinking

Para 2019, uma das apostas é o Legal Design Thinking. Essa abordagem segue os mesmos princípios do Design Thinking, porém nesse caso, aplicado ao direito. O Design Thinking é voltado para a inovação, ou seja, tem como base solucionar problemas de modo inovador e criativo. Ele parte da real necessidade dos consumidores para desenvolver a melhor solução e pode ser utilizada em qualquer parte do negócio.

O Legal Design Thinking procura entender as reais necessidades do cliente para melhor solucioná-las. Neste modelo, entende-se que o juridiquês e os termos técnicos podem ser trabalhados de uma forma mais clara, com o intuito de ser objetivo e mais direto com o cliente. Além disso, tem na empatia seu grande diferencial, pois essa prática é centrada no ser humano. 

#3 Legal Operations

O Legal Operations ou Legal Ops é um grupo de processos, pessoas e atividades do negócio que, dentro de um departamento jurídico, estuda as melhores formas de proteger e expandir a empresa. Trabalha em conjunto com um planejamento estratégico, gestão de tecnologia, gestão de fornecedores, análise de dados jurídicos e gestão financeira. O Legal Ops nos Estados Unidos já é conhecido, ao contrário do Brasil, onde ainda é uma tendência. 

#4 Métodos Ágeis 

Os métodos ágeis surgem em contrapartida ao modelo de gestão tradicional. Sua abordagem privilegia o ciclo de desenvolvimentos curtos, incentiva o trabalho em equipe, auto-organização, comunicação clara e frequente, além do foco no cliente e na entrega de valor. 

Dentre as vantagens de usar essa abordagem está o fato de se trabalhar com eficiência e eficácia. Por meio de métodos assertivos, a entrega é mais rápida e a possibilidade de erros na solução é menor. Existem diferentes metodologias a serem seguidas, como o Kanban e o Scrum, por exemplo. 

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*Caroline Capra é assistente de marketing da Advise. Produz conteúdos relacionados ao Direito e Tecnologia com o intuito de melhorar a rotina dos advogados.