Pink (Rosa)
Não basta uma data, e sim, todas as datas devem ser de respeito às mulheres.
segunda-feira, 18 de março de 2019
Atualizado em 15 de março de 2019 08:19
Passado dia 8 de março data em que celebramos de internacional da mulher vamos continuar mencionando uma realidade que já não é mais possível fingir inexistente o que acontece com as mulheres em todo o mundo.
As condições das mulheres em qualquer parte passam pelo histórico e pela cultura de onde cada uma viver. É preciso aprofundar em todos os aspectos para que se possa efetivamente dar respeito e igualdade de condições para todas as mulheres.
Para simplificar que em cada lugar existem aspectos diferentes trago as mulheres da Índia que sofrem violência de crimes sexuais, sobremaneira o estupro.
No Brasil é alto o número das estatísticas de violência contra mulher, assim como na Índia também tem violência sexual aqui, e mesmo lá também ocorrem outros tipos de violência contra mulher.
Nosso país está na frente da Índia no ranking mundial de violência contra mulher, ocupamos a desonrosa quinta colocação. Para deixar de falar da Índia, trago uma dica de um filme daquele país que trata do assunto violência sexual, cujo nome é Pink. O filme é encontrado na plataforma de filmes Netflix. Para aquelas pessoas que estão no universo do Direito o filme traz aspectos que podemos analisar e trazer para nossa realidade, até porque, o assunto é mundial.
O que chama a atenção em todos os dados que estão disponíveis é o fato de que as condições das mulheres em locais subdesenvolvidos são piores, bem como a falta de conhecimento e condições financeiras são variantes que elevam o índice de violência contra mulher e também a falta de condições e respeito a elas.
A grande questão, ou melhor, a ideia mais essencial agora é que a luta não acabou, pois não basta uma data, e sim, todas as datas devem ser de respeito às mulheres, pois todo dia é dia de igualdade e de respeito para com as mulheres. Não podemos aqui titubear, pois é necessário que o tratamento equitativo deva ser norteador quando falamos de diferença de gêneros.
Fica cada vez mais claro que para mudança e melhoria nas condições e na ampliação dos direitos das mulheres passa pelo aprofundamento das questões ligadas à mulher, bem como cada vez mais jogar luz aos fatos, dados e acontecimentos. Vamos através de atitudes, criar uma motivação para que todas as mulheres se sintam à vontade de buscar seus direitos, ou seja, chamada hashtag #nãosecale.
A mudança passa pelo conhecimento e formatação de uma nova cultura, e isso, não é de uma hora para outra, leva-se anos, décadas e também séculos. Como dizia o poeta Cazuza O Tempo Não Para, assim o dia 8 de Março já passou, amanhã também tem que ser também dia da mulher.
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*Victor Coelho Dias é advogado. Presidente da OAB/Mococa .