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Parei de advogar para criar a minha própria empresa de tecnologia

Alexandre Viola

Para mim, não adiantava apenas reclamar do nosso Poder Judiciário, por isso larguei o terno e gravata e fundei uma empresa de tecnologia para simplificar como as pessoas resolvem disputas.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Atualizado às 09:16

Advoguei com contencioso cível por mais de uma década e, como meus colegas, acabei me acostumando a reclamar do nosso Poder Judiciário: demandas que demoram, muita burocracia, grande custo para as partes e para o erário etc.

Apesar de existirem diversas iniciativas para minimizar a judicialização de conflitos, nada substituiu ainda o Judiciário como padrão de resolução de conflitos pois, apesar de todos os seus problemas, ele ainda é o sistema mais fácil e acessível para se resolver uma disputa no Brasil.

Afinal, não é tão fácil resolver conflitos em grande volume (temos dezenas de milhões de processos em curso na justiça brasileira, mais do que qualquer sistema de resolução de conflitos no mundo), de todos os tipos de demandas e pessoas.

Há alguns anos, parei de advogar para me dedicar exclusivamente ao projeto de simplificar como as pessoas resolvem disputas. De lá para cá, vimos o surgimento e fortalecimento de termos estrangeiros para explicar empresas como a nossa (Lawtech, Legaltech e Online Dispute Resolution - ODR) que resolve um problema muito brasileiro. Mas, principalmente, aprendemos nesta jornada muito sobre o que deve ser priorizado para resolver uma disputa em um ambiente tão acostumado com burocracia como o nosso país.

Deste aprendizado, o que se destacou foi que quando falamos de grandes volumes de demandas repetitivas ou similares, que são a parte relevante dos números mastodônticos do Judiciário, nenhum sistema conseguiu ainda, através da tecnologia, trazer melhora de performance (diminuição de trabalhos repetitivos e, consequentemente, resultados otimizados) para o advogado (principal agente de resolução das disputas) ao mesmo tempo que traz facilidade, praticidade para as partes que o operam.

Nesse sentido, aqui na JUSTTO estamos utilizando toda a experiência adquirida neste percurso (afinal já negociamos mais de 300 milhões de reais em nosso sistema), para nos tornarmos o novo padrão de resolução de disputas do mercado jurídico. Dia 20 de fevereiro, lançaremos uma nova versão da nossa plataforma de automação de negociação de acordos para advogados, focada exatamente em melhorar a performance das células de acordos dentro de empresas e escritórios de advocacia. Conseguimos isso, pois:

Enriquecemos os dados das partes e dos processos judiciais, para que não seja necessário buscar manualmente dados para contato;

Enviamos mensagens em massa para qualquer número de contrapartes, a partir de estratégias pré-definidas de contato, para que os advogados possam focar naquelas atividades que realmente importam;

Capturamos as contrapostas por qualquer canal que seja enviada (E-mail, WhatsApp, aplicativo mobile e web), tudo em um lugar só, com fácil visualização*;

Teremos recomendações de ações em massa e individualmente para seus casos, para situar e auxiliar o advogado a saber o que fazer em cada momento.

Assim, as negociações judiciais e extrajudiciais serão mais fáceis para os negociadores e aqueles casos que têm maior probabilidade de êxito fecharão mais rápido.

E em poucos lugares fazem tanto sentido divulgar essa notícia em primeira mão do que o Migalhas, comunidade que agrega e comunica com os principais advogados do país. Portanto, contamos com você, leitor do Migalhas, para trilhar conosco esta jornada para simplificar como as pessoas resolvem disputas no Brasil e diminuir de fato a judicialização de conflitos.

Se você tiver o interesse em testar com exclusividade nossa plataforma antes do dia do lançamento oficial e ser nosso "beta tester", basta acessar o site da JUSTTO.

___________

*Alexandre Viola é fundador da JUSTTO, LL.M. em Law & Economics pelas Universidades de Roterdã, Hamburgo e Bolonha. Especialista em Direito e Economia pela UFRGS.

JUSTTO INOVACOES TECNOLOGICAS PARA RESOLUCAO DE CONFLITOS S.A.

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