Gestão de pessoas na advocacia
Pessoas inteligentes, motivadas, criativas, competentes agregam valores às empresas, criam produtos e serviços inovadores e trabalham mais empolgadas com o sucesso, levando a empresa a um futuro promissor.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Atualizado às 06:54
Em meados do século passado, estudiosos voltaram suas atenções à influência que o homem e suas capacidades transformadoras exerciam nas organizações.
Com o desenvolvimento das Ciências Humanas, a organização deixou de ser analisada tão somente por sua capacidade produtiva e geração de lucros; mas também pelo capital humano, a ela agregado.
O termo "capital humano" remete-nos a conceitos de educação, inovação, criatividade e conhecimento, entre outros aspectos intangíveis.
Desde que bem trabalhados, os ativos gerados pelo esforço humano impulsionam uma organização para o sucesso e representam a nova fronteira a ser ultrapassada para quem deseja obter vantagem competitiva.
Cada vez mais, percebemos o movimento das grandes organizações preocupadas em fomentar a produção do conhecimento e, ainda, recrutar pessoas que valorizem essa nova maneira de se pensar a gestão empresarial.
As pessoas constituem o capital intelectual das empresas e valerá cada mais, à medida que se transformar em qualidade e competitividade para a organização.
Uma cultura focada no desenvolvimento de talentos deverá desenvolver-se nas organizações.
Pessoas inteligentes, motivadas, criativas, competentes agregam valores às empresas, criam produtos e serviços inovadores e trabalham mais empolgadas com o sucesso, levando a empresa a um futuro promissor.
Para manterem-se à frente dos concorrentes, as líderes de mercado necessitam de grandes ideias inovadoras que provêm de pessoas, de profissionais talentosos e capacitados.
Segundo Chiavenato, o capital humano vale mais à medida em que influencia as ações e os destinos da organização, destacando quatro alavancadores:
1. Autoridade - dar autonomia às pessoas. O líder deve distribuir maiores responsabilidades aos seus subordinados, para que possam tomar decisões independentes e trabalhar de acordo com que aprendem e dominam.
2. Informação - a informação desejada deverá chegar a todos os interessados, no intuito de auxiliar a tomada de decisão e a busca de novos caminhos.
3. Recompensas - dar recompensas pelo trabalho, torna-se um forte motivador para que outros trabalhos sejam muito bem realizados.
4. Competências - desenvolver as competências individuais de cada funcionário. Quando as competências de que a organização precisa para alcançar seus objetivos são definidas e cria-se condições internas para que as pessoas aprendam e desenvolvam tais competências da melhor maneira possível, desenvolvem-se talentos.
O trabalho está se tornando cada vez mais intelectual, e cada vez menos rotineiro e repetitivo.
As organizações que buscam a perenidade deverão, além de reter seus talentos, treinar e desenvolver as pessoas.
Falemos, agora, de um segmento que vem crescendo e se destacando no mercado de serviços, os escritórios jurídicos.
Com o advento da terceirização e a evolução dos escritórios de advocacia, a prática da gestão de pessoas foi, rapidamente, absorvida e aplicada em suas estruturas. Muitos implementaram ações e políticas de Recursos Humanos, como atrair e reter os melhores talentos na área do direito e melhorar a prestação de serviços.
O dinamismo do mercado fez com que, de forma ágil e assertiva, um escritório de advocacia tivesse que desenvolver e avaliar uma nova equipe, com o ingresso de novos clientes.
O processo seletivo tornou-se uma etapa importantíssima na gestão de pessoas.
A comunicação sempre clara. As regras à disposição do todos, bem definidas; além de discussões permanentes sobre programas de participação nos resultados e incentivo à continuidade da formação dos profissionais.
A carreira de um advogado inicia-se no momento do estágio acadêmico e poderá alcançar a sociedade da qual faz parte.
As competências requeridas desses advogados são inúmeras, quais sejam, viés comercial, manutenção da carteira de clientes, talento para administrar o escritório, capacidade de execução, talento para transformar ideias em soluções e gerar resultados.
Elaborar um plano de carreira para o advogado que lhe garanta o status de sócio; definida, claramente, as regras, direitos e deveres, competências e metas, contribuirá para o crescimento do escritório, além de reter os melhores talentos na estrutura.
O advogado espera reconhecimento por seu trabalho e dedicação, não somente pela remuneração, mas pela possibilidade de atingir o topo da organização. Isso o manterá sempre motivado.
Avaliação de desempenho, pesquisa de clima organizacional, ações de qualidade de vida e gestão do plano de participação nos resultados são algumas das políticas de Recursos Humanos implantadas nesse segmento econômico, que a cada dia se profissionaliza.
Com certeza, se cuidarmos bem de nosso cliente interno, cativaremos o nosso cliente externo.
O capital humano é um dos principais ativos geradores de riqueza nas empresas. O valor de cada indivíduo pode ser aumentado ou depreciado de acordo com as políticas e práticas de gestão aplicadas.
A competência de uma organização é medida pela soma das capacidades de seus colaboradores.
Tratando-se de serviços advocatícios, o conhecimento e o talento do profissional constituem a base da organização.
A advocacia é uma arte.
As sociedades de advogados estão começando a compreender que o diferencial definitivo está na atração e retenção de criadores de conhecimento.
Políticas de gestão de pessoas valorizarão a educação continuada, por consequência desenvolverá o raciocínio criativo, a capacidade de solução de problemas, o desenvolvimento de lideranças.
A inteligência humana e os recursos intelectuais constituem os ativos mais valiosos de qualquer empresa.
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* Débora Pappalardo é sócia da Inrise RH - Recrutamento Jurídico, graduada em Administração de Empresas e Pós-Graduada em Gestão Financeira e Gestão de RH e Psicologia Organizacional, atuando no recrutamento e seleção de profissionais, bem como, no estudo de reestruturação organizacional de escritórios jurídicos.