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Para onde realmente caminhamos?

Num país onde o Direito é impotente, o povo sofre a ameaça de incorrer como um todo na anarquia, no caos, ante a falta de controle envolvendo a sociedade em profundo despotismo.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Atualizado em 2 de outubro de 2013 11:55

Está rarefeita a expressão "O Judiciário ainda é o poder que segura o Brasil".

Democracia, paz e direitos humanos, e suas conexões, formam a substância ideal da sociedade satisfatória.

Num país onde o Direito é impotente, o povo sofre a ameaça de incorrer como um todo na anarquia, no caos, ante a falta de controle envolvendo a sociedade em profundo despotismo.

O Brasil, fugindo da ditadura, formou uma democracia, aparentemente forte, demonstrando vontade popular, pelo caminho da construção da paz e da educação por meio da instituição de um poder eletivo, usando a força do voto, mas na verdade, consignando um ledo engano.

Dizem que Juscelino Kubitschek, presidente da República, construtor de Brasília (1960) e introdutor da indústria automobilística no país, foi exilado, morou em Paris num apartamento pequeno, teria morrido pobre.

Bem assim, os cinco generais que presidiram a nação brasileira, deixaram nos seus inventários, provas de suas honestidades.

A corrupção, a grande corrupção, começou com a democracia, propinas, comissões, até que o percentual dos desvios, as vezes supera o valor principal.

No plano da opinião pública, com a garantia e aval midiáticos, o Brasil é um dos líderes mundiais da corrupção, e vem se achatando nos melhoramentos governamentais.

A decadência imposta pelos parâmetros das autoridades políticas, a violência combatida com leniência e cumplicidade, a educação e saúde vivenciam a falácia e nos levam a crer sobre a falta de futuro, ante o caos instalado.

Esse tipo de juízo é praticamente nacional em uma época como a nossa, onde a força não está a serviço do Direito, e sim da própria força, como diz Norberto Bobbio "O resultado não é fazer vencer quem tem razão, mas dar razão a quem vence".

Assevera Kant "Ou os homens renunciam a resolver seus conflitos sem recorrer à violência, tanto interna quanto externa, ou a violência os cancelará da face da Terra" (Celso Lafer - Trajetória e Obra de Bobbio - pg. 68 - 1ª edição).

Essas linhas colacionam à reflexão da nossa pátria e cidadania, sem perder a esperança no aguardo de acontecimentos que venham a restaurar na nossa mente e coração o retorno da paz social e da Justiça, o maior bem da humanidade.

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* Américo Izidoro Angélico é advogado do escritório Américo Angélico Sociedade de Advogados.

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