Ensino, conhecimento, saber, caráter, competência, como forma de contribuição científica
Em contribuição à Grande Vida Universal, na qual representamos apenas breves e íntimos momentos, uma vez que esta, se consolida para um bem maior, para uma obra harmônica - que por isso será justa e bela - pois o que agrada a pessoa mais perfeita é naturalmente correto.
quinta-feira, 13 de outubro de 2005
Atualizado em 28 de setembro de 2005 09:12
Ensino, conhecimento, saber, caráter, competência, como forma de contribuição científica e inclusão social.
Cleanto Farina Weidlich*
No mesmo diapasão, a conquista da paz, da felicidade e da liberdade humanas ocorre com lentidão nos mais diversos segmentos na vida de relação, mas avança inexoravelmente na história.
Devemos nos conduzir no sentido de buscar uma perfeita afinação - sintonia - com o universo e com os semelhantes.
Buscar aprimoramento das faculdades - inteligência, sensibilidade e vontade em conjunção harmônica.
Buscar adquirir conhecimento de si mesmo e dos outros.
" A vida não é qualquer coisa, a vida é a única oportunidade para alguma coisa". ( Friedrich Hebbel).
" Existe a terra da morte e a terra da vida e a ponte é o amor, a única sobrevivência, o único significado" (Os quatro gigantes da alma).
Platão agradecia ao céu haver nascido no tempo de Sócrates; e eu lhe agradeço haver-me feito nascer nestes tempos de infinita diversidade de leis e de costumes, onde reconquistamos a liberdade, fortalecemos o regime democrático.
E quando o assunto é liberdade, não se pode deixar de trazer à colação, as lições de - com o intuito de ilustração, registrar uma homenagem a memória de Mohandas Karamchand Gandhi, a cujo advogado/político indiano o povo deu o nome de "mahatma, isto é grande alma"
Gandhi - Gandhiji - Mahatma Gandhi -
" A Verdade - escreve Gandhi - é dura como diamante, mas é também delicada como flor de pessegueiro".
Quem não aceita voluntariamente a dureza diamantina da Verdade não chegará a fruir a sua delicadeza de flor de pessegueiro.
"Plenamente livre é somente aquele que voluntariamente se escraviza. E essa espontânea escravidão se refere não somente a Deus, refere-se também aos homens, nossos semelhantes; servir voluntariamente é libertar-se totalmente. Nada mais escravizante de que o desejo de querer-ser-servido - nada mais libertador do que a vontade de querer-servir!
Quem não for escravo voluntário não pode ser homem livre - esse estranho paradoxo caracteriza a vida toda de Gandhi. Tão grande é a liberdade interior desse homem que ele se torna, exteriormente, escravo de seus conterrâneos, escravo do invasor britânico, escravo da humanidade inteira. "
Quem não se sente plenamente livre deve evitar servir aos outros e deve assumir ares de dominador, porque onde falta a essência têm de prevalecer as aparências. Mas quem traz dentro de si o testemunho da sua liberdade real, esse pode ser servidor de todos, porque a sua firme liberdade não necessita ser escorada com pseudoliberdades. Quem é sábio pode serenamente admitir aparências de tolo; mas o tolo tem de evitar solicitamente essas aparências e assumir ares de sábio, para que a sua pseudo-sapiência não sucumba ao impacto da sua insipiência.
O mundo de hoje não compreendeu ainda a verdadeira grandeza de Gandhi, sem dúvida um dos mais lídimos discípulos que o Nazareno teve entre os homens, nesses quase dois milênios de era cristã. Mas o espírito do Mahatma está trabalhando as consciências humanas, qual divino fermento, levedando aos poucos a massa profana e preparando o caminho para a grande alvorada crística.
Sobre ele, escreveu Albert Einstein:
"Futuras gerações dificilmente acreditarão que tenha passado sobre a face da terra um homem real como Gandhi - dirão que isto é um mito."
Mahatma Gandhi, Idéias e ideais de um político místico - Huberto Rohden, Edit. Livraria Freitas Bastos S.A., 3ª Edição - ampliada, impressa em outubro de 1.970, Rio de Janeiro - Brasil)
A tarefa de moldar o futuro não é só dos governos. Essa tarefa - missão - de moldar o futuro é da sociedade, das escolas, das universidades, da comunidade e de cada um de nós.
Os medos, os ressentimentos, as frustrações e os desgostos de muitos homens serão atenuados a medida que, instruindo-se, compreendam melhor a filosofia, a psicologia e todas as ciências, para que conquistem uma visão mais objetiva e serena do que realmente são, do que podem chegar a ser e de como devem proceder para esculpir em seu temperamento o melhor caráter possível com os recursos que tenham à sua disposição.
E é com muito amor, com um conceito positivo do Eu interior e do meu trabalho, que como Educador - seu colega de academia - buscarei as possibilidades de firmar bons propósitos, para diante da adversidade, saber mostrar ao aluno a beleza e o poder das idéias, incutindo-lhes expectativas positivas e fazendo-os acreditar que o caráter é o resultado de árduas lutas da educação de si mesmo, da abnegação e de uma batalha espiritual, no rumo da educação do homem integral.
Utilizando como uma das ferramentas de trabalho o diálogo, com os orientandos e estabelecendo parcerias de trabalho com os pais, professores e comunidade, convencerei que o ato por si só de aprender representa a possibilidade de construção de um futuro melhor, incentivando o amor próprio, resultando daí: amar-se é ter alma sã em corpo são, E que é só estudando e tendo bom caráter, que deixa-se de andar as tontas e se conquista o direito de ser livre que é o supremo bem da vida.
Ao final, uma última colação para revelar as fontes das nossas crenças e ideais:
O jovem de caráter
Ao jovem leitor
Meu filho: junto à minha escrivaninha, muitas vezes, têm sentado estudantes.
Se sentam junto à minha mesa e, diante das paredes nuas de meu escritório silencioso, se abre o reino, pleno de riquezas, de uma alma jovem, guardado antes por mil ferrolhos.
O Autor.
A Metodologia é uma ferramenta básica. Os trabalhos devem trazer em sua apresentação, tanto no condizente ao conteúdo, sempre mais importante e preponderante, como na forma, os rigores científicos da metodologia. É preciso construir na Universidade uma consciência ética, apontando para a necessidade, de que todos os trabalhos - pesquisas - tenham e obedeçam as regras metodológicas, só organizando cientificamente a expressão das idéias objeto de pesquisa, é que se pode obter algum resultado concreto, é necessário, aliás, ao mesmo tempo em que se exige que o discente seja estimulado e cobrado a ter método, que o professor, também tenha o seu método de ensino, é indispensável acima de tudo dar exemplo, para se ter legitimidade na cobrança.
" Eu tenho em mim, que o problema básico é ler e escrever!"
" Dar aula é importante, ter a possibilidade de ser quem abre grandes perspectivas".
" Mas Universidade para quê? A Universidade representa a procura de um bom lugar, na construção do nosso projeto de felicidade, esse que jamais poderá ser só nosso, pois o conceito de felicidade é efêmero, havendo quem afirme, e aí, já as indagações podem derivar para a Metafísica, ... que sempre que a temos, não sabemos onde a colocamos.
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*Advogado e professor em Carazinho/RS
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