Observações Atuais
Os jovens brasileiros vivenciam mais um capítulo secular da história nacional. O ciclo de decepções e frustrações mostra sua face cruel, denunciando a falsa democracia em que nos apoiamos. O povo, titular absoluto do poder do impávido colosso Brasil, permanece atônito, tentando se recuperar do sentimento de desesperança que os últimos acontecimentos políticos desencadearam
segunda-feira, 22 de agosto de 2005
Atualizado em 19 de agosto de 2005 09:01
Observações atuais
Felipe Pippo Andrade*
Os jovens brasileiros vivenciam mais um capítulo secular da história nacional. O ciclo de decepções e frustrações mostra sua face cruel, denunciando a falsa democracia em que nos apoiamos. O povo, titular absoluto do poder do impávido colosso Brasil, permanece atônito, tentando se recuperar do sentimento de desesperança que os últimos acontecimentos políticos desencadearam.
A luta legítima de grandes idealistas do passado, acabou corrompida. O coronelismo foi maquiado e ganhou roupagem democrática, denominando-se nos dias de hoje "presidencialismo". Da mesma forma, a corrupção ganhou sua versão "estrelada", sendo rebatizada pelos atuais inocentes de "regra do jogo". O peão, sob o ataque infalível do rei, sucumbe no tabuleiro de Brasília - no melhor estilo América e Bandido.
Para a sociedade brasileira, esse jogo é caro demais. Cada perda não é simplesmente uma perda, afinal este é o jogo da vida. No Planalto, o destino incerto do país do futuro parece não despertar grandes emoções - talvez desperte apenas o populismo barato, regado de promessas cretinas em momentos inoportunos.
O presidencialismo brasileiro está mais para "fantochismo", onde cada integrante desta grande nação se tornou um fantoche, manipulado por publicitários inescrupulosos, sindicalistas deslumbrados com o poder e tesoureiros "mãos-de-tesoura". O tão sonhado pluralismo partidário, combustível da ação, da ordem e do progresso, mostrou-se fraco e mentiroso.
Legendas e siglas opostas escondem pensamentos e ações congruentes. É Brasília trabalhando (sic) para vilipendiar uma vez mais as riquezas de um povo simples, cujo contentamento foi conquistado durante dias de luta e repressão. A tristeza que amargura os olhares dos trabalhadores brasileiros transformou em velório o que parecia ser nascimento.
O vermelho das bandeiras desbotou. Atualmente, ele se parece com o sangue ralo do brasileiro, cuja frieza de barata lhe permite sobreviver ao bombardeio atômico de mensalões e caixas não contabilizados. Coincidência ou não, eu não acredito em coincidências. E não sou o único.
A história se repete. O final será o mesmo, repaginado por novos personagens. A única diferença é que o Brasil mudou: agora não precisamos esperar fevereiro para celebrar a festa profana mais querida do País! O pecado (original ou xerocopiado) é amplamente praticado na micareta da alvorada!
Viva o Brasil PENTACAMPEÃO.
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*Advogado do escritório Teixeira, Rizoli e Andrade Advogados
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