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Home office e aulas EAD seguem fortes em 2022. Como será o futuro tecnológico pós-pandemico?

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Atualizado às 07:34

A pandemia global da Covid-19 alterou drasticamente a rotina e as realidades sociais de literalmente todas as pessoas. O isolamento físico inevitável nos globais esforços de retardar a doença inevitavelmente virou qualquer cotidiano profissional ou estudantil de cabeça para baixo. Incumbidos por dar solução a este imprevisível obstáculo, órgãos públicos, firmas, escritórios, escolas e universidades agiram com pressa para tentar manter ao menos um mínimo de qualidade na oferta de serviços. A tecnologia foi a grande solução.

Não demorou para que, meras semanas após a chegada da Covid-19 ao território brasileiro, já estivéssemos sendo introduzidos a uma gama de apps e recursos que rapidamente se popularizaram no mundo pandêmico de home office e EAD. Zoom, Microsoft Teams, Google Meet,- além do retorno não-tão-triunfal do Skype. Capazes de diminuir as distâncias da pandemia ancorando reuniões virtuais, chamadas e vídeos ao vivo, estes aplicativos tornaram-se essencialmente indispensáveis e complementares: o dia normal de um estudante de Direito em meados de 2020 invariavelmente envolvia participar de aulas à distância e, ao fim do dia, assistir às carismáticas lives dos maiores músicos nacionais (essa parte acabou, ainda bem).

Onipresentes e incontestados durante os meses que se seguiram, o ensino à distância e o teletrabalho dominaram as rotinas de estudantes e profissionais de praticamente todas as áreas. E não podia ser diferente. De conselhos de condomínio a retumbantes congressos acadêmicos, o mundo rapidamente se adaptou aos avanços tecnológicos das chamadas em grupo. O surgimento de novas ondas e variações da doença, por sua vez, estendeu ainda mais o reino desses nunca antes tão fundamentais meios de comunicação.

Não havia quem duvidasse: a rápida expansão desses recursos duraria enquanto durassem os mais preocupantes períodos da pandemia. Mas agora, mais de dois anos após o início da transmissão comunitária no Brasil, ela parece ter se arrefecido. E como ficam as chamadas simultâneas, as reuniões on-line, as aulas virtuais, os prazos do home office e as atividades assíncronas do ensino EAD? Há motivo para crer em uma continuação dessas ferramentas agora em um cenário pós-pandêmico?

Ao que tudo indica, sim.

Apesar de terem - corretamente - a absoluta certeza de que jamais serão novamente tão indispensáveis quanto no período de pandemia, os apps e empresas responsáveis pelos serviços supracitados entraram definitivamente no cotidiano das pessoas. Por causa dos meses e meses de dependência digital, grande parte das pessoas agora entende, confia e sabe operar essas ferramentas tecnológicas. Dá para dizer, sem muito medo de errar, que foi um movimento irreversível. A "Caixa de Pandora" de megabites foi aberta.

Num ponto de vista meramente social, grande parte da sociedade simplesmente saber que estes apps existem e saber usá-los é um grande aspecto positivo dessa atropelada e inesperada imersão digital. As chamadas virtuais encurtam distâncias entre parentes queridos, facilitam reuniões profissionais, auxiliam diretamente o processo de networking e contribuem para um mais ágil intercâmbio de conhecimento. Não há motivo para pensar que todos estes pontos positivos hão de ser desconsiderados apenas por causa da recente volta aos ambientes de trabalho e estudo presenciais.

Agora falando de um ponto de vista profissional e acadêmico, são muitos os escritórios e universidades que aproveitaram o arrefecimento da pandemia para, ineditamente, começar a ofertar funções inteiramente em home office e graduações em Direito 100% EAD. Por mais que tenhamos - quase todos - sofrido consideravelmente com as aulas à distância, a expansão do leque de cursos ofertados neste modelo é sim uma excelente notícia: a possibilidade de conquistar um sonhado diploma de bacharel torna-se muito mais acessível com o intermédio da flexibilidade inerente às aulas online. A tecnologia possibilitará a milhões de pessoas que possam tomar as rédeas de oportunidades que outrora seriam simplesmente inviáveis, seja na conjuntura estudantil ou no mercado de trabalho.

Em suma, apesar de tão associadas ao desesperador contexto da pandemia, as ferramentas para contato à distância e as atividades que elas possibilitam - EAD, home office - vieram para ficar. Não existe pensar uma realidade pós-pandêmica sem pensar nas atividades isoladas que tanto se desenvolveram durante ela. Tal qual, não existe pensar nos atual e futuro cenários tecnológicos sem pensar nas tecnologias que tanto se difundiram nos últimos meses e anos.