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O banquete da gestão de equipe

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Atualizado às 09:06

A amiga Mônica Sautchuk pergunta:

"Alexandre, parabéns pela coluna que está cheia de conteúdo de qualidade! Minhas dúvidas são as seguintes: Vale a pena investir em gestão de equipe para meu escritório? Quais as melhores práticas atuais?".

Mônica, obrigado pelas perguntas. A premissa máxima para seus questionamentos é saber que funcionário satisfeito, direta ou indiretamente, gera lucro para o escritório. Seja fazendo um bom trabalho (o que por si só já é interessante) ou gerando oportunidades à frente da banca, o importante é entender que, o único cenário em termos de gestão de pessoas que não queremos ter é a rotatividade. É ela que mina o tempo e o dinheiro do escritório, sendo que muitos nunca conseguem sair da eterna espiral "contrata-ensina-perde-contrata". É como se estivéssemos comprando alimentos para uma receita, mas sempre algum destes produtos se estraga antes de começarmos a fazer o prato. Quando repomos este alimento, outro se estraga e assim nunca conseguimos saborear o tão esperado banquete farto.

Então, se você está pensando seriamente em investir em gestão para sua equipe (e acho que deveria mesmo), comece fazendo uma varredura completa nos pontos fortes e fracos de sua banca. A ideia é mudar tudo ao mesmo tempo, como se fosse uma fase nova para seu escritório. Escute a todos e insista que eles precisam mostrar as coisas ruins (e não apenas as boas) que estão passando, pois o momento é de reflexão e correção de caminhos errados. Explique que está precisando enxergar pontos que você pode não perceber e somente a opinião crua e sem filtros deles vai poder mudar as coisas.

Tenho uma empresa de recrutamento jurídico e posso te dizer, com propriedade, que mais de 80% dos colaboradores insatisfeitos e que estão buscando nova colocação, simplesmente dizem que não conseguem ser ouvidos pelos seus superiores, seja para reclamações ou simples sugestões cotidianas de novos caminhos. Eles simplesmente acham que não existe uma "porta aberta" nos donos que possa ser usada e isso os fazem procurar outro emprego.

Obviamente a sua parte no negócio é de entender os pontos colocados, sem levar para o lado pessoal. Muitos sócios, ao verem os pontos negativos colocados pelos colaboradores, tem a tendência de ficar se explicando e, muitas vezes, ficam bravos e revoltados com as posições apresentadas. O sentimento é natural (afinal de contas ninguém gosta de escutar coisas ruins sobre sua pessoa ou empreendimento), mas o importante é se controlar e colocar em prática a reestruturada 180 graus que o escritório dará (se fosse 360 graus - como muita gente fala - estaríamos dando a volta completa e retornando para o mesmo ponto).

E, por favor, não se esqueça do principal ponto: mudar. Fazer todo um rebuliço no escritório e depois não operacionalizar nada vai sair mais caro e prejudicial do que se você tivesse deixado as coisas como estavam. Se você se organizar e se prontificar a acertar os pontos deficitários comentados, começará, apenas com este simples passo, a fazer uma gestão mais eficiente de pessoas e, portanto, sair - ou nunca entrar - da espiral matadora de rotatividade constante. Tenho certeza que juntos, sócios e colaboradores integrados, em breve desfrutarão de um grande e suculento banquete, com os alimentos mais saborosos do mercado.

Espero ter ajudado.

Confira toda sexta-feira a coluna "Marketing Jurídico" e envie suas dúvidas sobre marketing jurídico, gestão de escritórios, cotidiano dos advogados empreendedores ou dúvidas gerais sobre o dia a dia jurídico por e-mail (com o título Coluna Marketing Jurídico) que terei um grande prazer em ajudar.

Bom crescimento!