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Da Arqueologia da Dúvida à Aurora da Verdade - Ensaios Convergentes

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Atualizado em 14 de janeiro de 2015 10:57




Autor:
Jayme Vita Roso
Páginas: 101


Apaixonado por sua profissão de advogado, e no olhar preciso do prefaciador, "(...) um filósofo permanentemente preocupado em dar respostas aos problemas que nos afetam a todos (...)", o autor reúne nesta breve coletânea instigantes ensaios tratando desde o problema da educação no Brasil até a voracidade das entidades financeiras e suas consequências, abrindo ainda espaço para reflexões mais pessoais e intimistas, à luz do compromisso social ínsito ao cristianismo que professa.

O tom é de bate-papo, um convite ao leitor para que partilhe de seus pensamentos. Assim, as ponderações acerca do estado da educação no Brasil, artigo de abertura da obra, começa com o autor contando que o tema veio-lhe à mente após a leitura de um texto do hebdomadário inglês The Economist acerca de uma experiência escolar positiva. E segue com a apresentação do seu ponto de vista no mesmo tom informal: "Não há desculpa ou explicação ou retórica política que me convença...", até o diagnóstico aparentemente prosaico, mas do qual podem ser extraídas premissas seguras, de que "A dualidade pública e privada na educação" não tem funcionado no Brasil.

Educação, aliás, é o tema de pelo menos seis dos 19 trabalhos que compõem a obra, desde abordagens mais introdutórias, como a acima comentada, até questões bem mais específicas, caso do questionamento a algumas práticas da FAPESP - Fundação para o Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, e até mesmo do texto que reúne breves comentários ao projeto de reestruturação do ensino público apresentado pelo governo do Chile.

Muitos outros temas são tratados: a falta de ética, a seu ver, do shadow bank system, isso é, do funcionamento dentro das próprias instituições financeiras, de "facilitadores" de crédito não submetidos "a nenhuma regulação séria"; a falta de seriedade das políticas internacionais de proteção ambiental; o reavivamento do direito civil.

Em meio a temas tão díspares, dois pontos merecem destaque: o valor atribuído pelo autor à amizade, tão bem figurado na alegria sentida pelo reencontro com o colega Modesto Carvalhosa; e a preocupação social do autor, que na louvável tradição de um cristianismo prático, regra de conduta para a vida no momento presente, leva-o a examinar-se à luz da vida de Dom Helder Câmara, e a reafirmar como norte para o convívio em sociedade a ideia de serviço.

Sobre o autor :

Jayme Vita Roso é graduado em Direito pela USP; concluiu mestrado em Bioética, Cidadania e Meio Ambiente pela UNISAL; é professor honorário da Universidad Inca Garcilaso de La Vega, Lima, Peru. Dedicou-se muitos anos à advocacia, em escritório próprio; é um tenaz defensor da institucionalização da auditoria jurídica, de sua criação.

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Ganhadores :

Amanda Marques, do RJ
Leonardo de Almeida Lopes, de BH
Renan Canellas de Vargas, de Balneário Camboriú/SC