"Faz um PIX". Você já deve ter ouvido algumas vezes esta frase ao longo dos últimos meses. E muito provavelmente fez não apenas um, mas dezenas ou centenas de PIX.

O sistema de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central completou um ano na semana passada. E com motivos de sobra para comemoração.

Em 12 meses, a meteórica adesão de usuários fez do PIX o meio de pagamentos preferido dos brasileiros, surpreendendo as instituições financeiras.

Segundo dados do BC, 104,4 milhões de pessoas já se valeram do recurso para pagar ou receber valores, o que equivale a 62,4% da população adulta do país, considerando os 213,8 milhões de brasileiros levantados pelo IBGE.

Ao final de outubro, eram mais de 348 milhões de chaves cadastradas no sistema, responsáveis por cerca de 7 bilhões de transações e um volume financeiro superior a R$ 4 trilhões movimentado desde a sua entrada em operação.

Além de extrapolarem as previsões mais otimistas, os números também reforçam o caráter de inclusão do PIX, na medida em que foi fundamental para trazer milhões de brasileiros ao sistema bancário.

Em 2020, por exemplo, no auge da pandemia, mais de 14 milhões de pessoas abriram uma conta bancária pela primeira vez no Brasil, resultado principalmente do PIX e do pagamento do Auxílio Emergencial.

Trata-se de uma das maiores conquistas recentes do país no que diz respeito à inclusão financeira, trazendo para a formalidade muita gente que perdia vendas por não contar com alternativas de pagamento para os clientes além do dinheiro vivo.

É claro que toda essa popularidade também tem seu lado negativo. A preocupação mais imediata está na segurança, na tentativa de minimizar as fraudes, golpes e crimes envolvendo o sistema.

O problema não é nem o PIX em si, dado que ele é bastante seguro, com diversas camadas de proteção. São os criminosos que se aproveitam da facilidade desse meio para fazer mais vítimas.

Por conta disso, o Banco Central vem tomando algumas medidas visando a proteção dos usuários. As principais até agora foram o impedimento de movimentações financeiras superiores a R$ 1 mil durante a noite e o bloqueio cautelar em caso de suspeita de fraude, com a devolução dos recursos em caso de comprovação do golpe.

Também do lado negativo, está o fato de que o PIX ainda deve levar alguns meses para se consolidar como meio de pagamentos nos e-commerces - estudo recente da GMattos Consultoria mostra que o sistema está disponível em apenas metade das grandes varejistas brasileiras.

Neste quesito, especificamente, o bom e velho cartão de crédito segue líder absoluto, sendo utilizado por 98,3% dos empreendimentos.

Além disso, o cartão ainda possui uma vantagem importante em relação ao PIX, que é o fato de o usuário não precisar ter na conta a quantia que ele pretende gastar - em outras palavras, o PIX não oferece crédito.

Em tempos de Black Friday, trata-se de um diferencial significativo. Mas aqui no BTG ele está longe de ser o único em prol de quem vem optando por fazer suas comprar no cartão.

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