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Um mundo sem crianças, sem família, sem futuro

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Atualizado às 09:17

Custa-me entender por que o Estado desconsidera as famílias em suas políticas sociais. Qualquer um que faz isso, expande a pobreza. 

Infelizmente, criamos uma política de gênero artificial, desconstrucionista, que é incapaz de olhar para a realidade e reconhecer que as relações entre homem e mulher estão deterioradas. 

Um dos motivos para isso é que temos um direito sexual belicoso, que compreende, erroneamente, que o homem é inimigo da mulher. 

Esse direito sexual, compreendendo mal o lema "o privado é político", expande o direito penal aos detalhes mais íntimos das relações humanas, criminalizando frustrações e dificultando o surgimento de relações de gênero estáveis. 

Deve-se combater a violência de gênero, mas com dados reais e de modo equilibrado, para resolver o problema, sem criar novos. Afinal, o direito penal não tem o poder de tornar homens maus em bons e nem de suprir más escolhas sexuais. 

Direito penal é feito para mitigar problemas graves, respeitando o princípio da intervenção mínima e da presunção da inocência. 

Homens e mulheres cooperaram (apesar das tensões) para a sobrevivência da espécie humana. Homens não são (e nunca foram) os vilões da história. Vilania não tem gênero. 

O liberalismo e o Estado direcionam os corpos sexuais para o mercado, que melhor lhes convém. Um exemplo disso é a pressão, nos EUA, para a formação de mulheres engenheiras, área em que há carência de profissionais no mercado norte-americano. 

Para cumprir seus objetivos, encontrou no feminismo a ideologia perfeita. Fundado e alimentado pelo trauma, a política de gênero dominante atropela o amor, protagoniza a queda das famílias e expande a pobreza intergeracional. 

Sem elementos de proteção e isolados, homens e mulheres estão cada vez mais dependentes do Estado e das empresas. 

A taxa de natalidade cai exponencialmente, colocando em risco os direitos sociais e o futuro da humanidade. Já temos uma crise global demográfica. Vivemos em um mundo com cada vez menos crianças. 

Inventa-se que políticas sociais para mães solo são o progresso do século XXI. Desconsidera-se que já existem experiências mal-sucedidas nesse tema. 

O Estado só tem como amortecer o peso da dupla jornada da vida da mulher, mas não resolve.

Nenhuma transferência de renda estatal é capaz de suprir os benefícios da colaboração saudável entre homem e mulher. 

Devemos, sim, ajudar no combate às desigualdades sociais, considerando a situação das mães solo. Devemos, sim, criar políticas de transferência de renda, que considere as crianças. Devemos fazer isso com ciência sexual e de gênero e sem desconsiderar que medidas paliativas não substituem a cooperação do homem e da mulher na criação das famílias. 

Nós, teóricos de gênero alternativos, sabemos que existem diversas famílias. Reconhecemos isso. Porém, como temos responsabilidade social, defendemos políticas públicas, que farão diferença substancial no combate às desigualdades sociais. Sem populismo de gênero. 

Nem sempre isso convém ao "oba-oba" hedonista, frágil e mentiroso do nosso débil mundo contemporâneo, à beira de uma crise civilizacional. 

Menos trauma, mais amor.