Cenário - 16.3.20
segunda-feira, 16 de março de 2020
Atualizado às 14:07
BCs contra-atacam o vírus
O avanço do Covid-19 impôs um freio ainda incalculável à economia global. O que os bancos centrais em todo o mundo estão fazendo agora é tentar conter a sangria.
Os alvos prioritários são os juros. Por meio deles, espera-se manter o fluxo global minimamente irrigado e em ordem. Além, é claro, evitar que o pânico e as teorias conspiratórias sufoquem a razão.
Não por acaso tantas decisões importantes têm sido tomadas de maneira coordenada, quase em rede, e em caráter emergencial.
Ontem, em uma raríssima reunião em pleno domingo, o Federal Reserve saiu de novo na frente e derrubou as taxas pela segunda vez em menos de duas semanas: a banda passou de 0 a 0,25% ao ano (leia o comunicado).
Outros tantos países ricos atuaram e seguem atuando no mesmo sentido: o de estabilizar e blindar seus sistemas. Na Ásia e na Europa isso está consolidado.
Já as nações pobres ficaram na rabeira e estão tentando se equilibrar como podem. O foco é não deixar que o dinheiro vá embora da noite para o dia.
MEDIDAS NO BRASIL
CMN age
Logo cedo o Banco Central anunciou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje, em reunião extraordinária, duas medidas importantes.
A nota oficial afirma que ambas vão ajudar a economia brasileira a enfrentar os efeitos adversos do novo coronavírus.
A primeira medida trata da renegociação de operações de créditos de empresas e de famílias. "Estima-se que aproximadamente R$ 3,2 trilhões de créditos sejam qualificáveis a se beneficiar" informa o BC.
A segunda amplia a capacidade de utilização de capital dos bancos, ou seja, preserva condições para que as instituições realizem eventuais renegociações e mantenham em bons níveis o fluxo de concessão de crédito (leia o informe do BC na íntegra).
MERCADOS + CÂMBIO
Atualizando...
As bolsas de valores europeias abriram em forte queda, à semelhança do que só se viu em 2012.
Na Ásia, os negócios fecharam em queda nos principais países.
O Ibovespa acionou 'circuit breaker'.
Já o dólar iniciou a segunda-feira em forte alta, chega a bater R$ 4,98.
FMI
Apelo por ação política
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, pediu hoje (leia a íntegra) o aumento da ação coordenada entre os países para aumentar a confiança e proporcionar estabilidade à economia global.
O FMI publicou um conjunto de recomendações de políticas que podem ajudar a orientar os próximos passos (leia aqui).
CHINA
Impacto na economia
Autoridades chinesas divulgaram hoje que o novo coronavírus provocou um tombo histórico na produção industrial: recuou 13,5% no bimestre janeiro e fevereiro.
Foi a primeira queda em quase 30 anos.
As vendas no varejo caíram 20,5% na comparação com os dois primeiros meses de 2019.
AGENDA
RODA VIVA - O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), será entrevistado hoje, às 22h, no programa da TV Cultura
BOLSONARO - O presidente Jair Bolsonaro não tem previsão de audiências oficiais e/ou compromissos
GUEDES - O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem reuniões internas com secretários da pasta
IMPOSTO DE RENDA - A Receita Federal paga hoje restituições residuais do período 2008/2019
EDUCAÇÃO
Livros e etc - O acervo da Biblioteca das Ciências da Saúde da Universidade de Coimbra (leia mais)
SABER
Arte on-line - Uma lista de boas exposições que podem ser acessadas de casa, via internet (veja aqui)
SUSTENTÁVEL
Água - O portal que reúne preparativos e todo conceito em torno do Dia Mundial de um dos bens mais valiosos do planeta (saiba mais)
TECH
WWDC - Como será o evento de desenvolvedores da Apple este ano (saiba mais)
BEM-ESTAR
Marie Kondo - A consagrada técnica de organização pessoal aplicada à casa e à vida (saiba mais)