Cenário - 26.8.19
segunda-feira, 26 de agosto de 2019
Atualizado às 08:59
Tensão pré-PIB
O IBGE divulga nesta semana o resultado do PIB do segundo trimestre e tudo indica que não haverá muito o que comemorar.
Considerando os dados mais recentes, as expetativas gerais variam de céticas a pessimistas. Há palpites que indicam até que o país registrará recessão técnica.
No primeiro trimestre, a economia recuou 0,2% na comparação com os últimos três meses de 2018 - primeiro encolhimento trimestral desde os três últimos meses de 2016.
Os reflexos do 'paradão' persistem, apesar do avanço da reforma da Previdência no Congresso e de medidas que destravaram parte do fluxo econômico.
No ambiente micro, as coisas continuam difíceis - vide a realidade do emprego formal. A alta do câmbio e o viés de baixa aplicado à 'marca' Brasil no exterior - devido, principalmente, à questão ambiental - ajudam a piorar o contexto.
Os chamados motores da economia continuam em marcha lenta e isso é preocupante porque restam poucos meses para o ano terminar.
Nas projeções oficiais as coisas não estão tão ruins assim. A equipe econômica espera um PIB discreto agora e um resultado minimamente positivo ao fim de 2019.
Revisões
Ajustando o foco
Como sempre acontece, o saldo do PIB do segundo trimestre tende a inspirar revisões em série das expectativas de crescimento anual do país.
Esse movimento será muito mais intenso se o número for negativo porque resgatará (por inércia!) pontos de fala que ganharam muita relevância no auge da crise.
Orçamento
Prestes a estrear
Até a próxima sexta-feira, 30, o governo enviará ao Congresso a proposta de Orçamento para 2020 - o primeiro da administração Bolsonaro.
As previsões não indicam que haverá - na forma e nos ritos - muitas novidades em relação a anos anteriores.
As comparações mais aguardadas miram 1) as prioridades da União em investimentos, 2) a reserva de custeio para os ministérios e, claro, 3) as perspectivas fiscais.
Congresso
Vetos e LDO
Câmara e Senado reúnem-se novamente nesta semana para analisar vetos presidenciais e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que, em tese, deveria ter sido votada até meados de julho.
A aprovação da LDO, porém, depende da análise de vetos presidenciais que trancam a pauta.
Nessa lista, há pelos menos dois vetos do presidente Jair Bolsonaro que podem ser derrubados pelo Congresso:
1 - Artigos da Lei das Agências Reguladoras que previam a elaboração de uma lista tríplice para a escolha de diretores dos órgãos de regulação
2 - Artigos da lei que criou a Autoridade Nacional da Proteção de Dados
Amazônia
Dinheiro contra o fogo
O ministro do STF Alexandre de Moraes deverá analisar nos próximos dias um pedido da Câmara dos Deputados que permite o uso de parte dos recursos recuperados da Petrobras pela Lava Jato para combater os incêndios florestais.
Ao todo, foram recuperados R$ 2,5 bilhões que ainda não tiveram destinação definida - depois que o STF vetou a criação de um fundo que seria gerido pela força-tarefa.
AGENDA
Planalto - O presidente Jair Bolsonaro reúne-se, às 10h, com o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar.
Pesquisa - A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulga hoje mais uma pesquisa de avaliação do governo.
Salles - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, concede entrevista hoje, às 22h, ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
IBGE - O IBGE apresenta seu novo índice, a Pesquisa Nacional de Saúde.
Conjuntura - O Banco Central divulga, às 10h30, as estatísticas do setor externo de julho.
EDUCAÇÃO
Oportunidade - Governo americano oferece curso de um mês para jovens profissionais.
SABER
Urbanismo - Construções que fogem dos padrões tradicionais.
SUSTENTÁVEL
Floresta - Como funcionam os diferentes sistemas de monitoramento do desmatamento na Amazônia.
TECH
Fazer mais - Dicas para melhorar a produtividade com o Google Docs.
BEM-ESTAR
Saúde - As principais novidades anunciadas no congresso mundial sobre o câncer.