Dados macroeconômicos têm vindo à tona ao mesmo tempo em que a montagem do futuro governo é finalizada.

No passado, essa coincidência produziu ruídos e chegou a gestar pequenas crises que atrapalharam bastante a vida de recém-chegados ao Planalto.

Os indicadores disponíveis até o momento somam-se (positivamente!) a boas impressões causadas por quem vai compor a nova Esplanada dos Ministérios. Mas não só.

Está mais do que projetada uma conjuntura amigável. E o fato de o câmbio e os juros não estarem surfando nas ondas da opinião pública revela muito sobre o período.

A retomada pós-recessão ainda segue lenta, vide o que acontece com o mercado de trabalho e o consumo. Apesar disso, o fechamento do ano aponta para um horizonte menos ruim do que o vislumbrado antes da eleição.

Alguns setores até se sobressaem e vão fechar 2018 com lucro. Ou por rodarem em sistemas operacionais à parte ou por terem se antecipado e apostado nas fichas certas.

Cena geral

O que está sobre a mesa

A inflação oficial desacelerou em outubro e no acumulado de 12 meses o IPCA está em 4,56% - dentro da meta do governo. No ano, o indicador chega a 3,81%.

As pesquisas mais recentes que medem a confiança do setor produtivo e do consumidor sugerem uma virada de ânimos.

Há revisões em curso com foco nas exportações e em outras alavancas importantes.

Balanço

Visão de cima

O Ministério do Planejamento acaba de atualizar o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas.

O documento está disponível. Traz informações relevantes sobre o comportamento do PIB e o manejo das contas.

Orçamento

Salvando obras

Antes de fechar o relatório setorial, os responsáveis pela rubrica de infraestrutura da Lei Orçamentária 2019 farão reunião na próxima terça-feira (27) com representantes do Tribunal de Contas da União (TCU), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Petrobras.

O encontro vai discutir a situação das obras paralisadas por indícios de irregularidade, já que empreendimentos nessa situação não podem receber dotação orçamentária.

Lei

O Código Comercial

Deve ser votado na próxima semana, no Senado, o novo Código Comercial, que dispõe sobre as atividades de empresas e empresários.

O texto ajusta expectativas e abre possibilidades para melhorar o perfil de negócios e parcerias. Entre outras coisas, também pune a concorrência desleal e a concorrência parasitária.

O PLS 487/13 tem mais de 1 mil artigos e, se aprovado, será a base legislativa referência no setor.

Turismo cívico

Pacotes para a posse

Operadoras de turismo já começam a lançar promoções e a formar pacotes pensando nos brasileiros que querem ver a posse de Jair Bolsonaro, em Brasília, no dia 1º de janeiro de 2019.

Transparência

Controle interno em rede

Lançado pela Controladoria-Geral da União, o Portal das Corregedorias tem funcionado como uma espécie de rede social dos auditores de órgãos públicos.

A plataforma permite que corregedores, servidores e empregados públicos de comissões disciplinares possam debater processos, dúvidas jurídicas, questões internas e discutir métodos de soluções de conflitos.

AGENDA

Inflação

O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro

Bolsonaro

Em São Paulo, o presidente eleito Jair Bolsonaro se submete a exames pré-operatórios para a cirurgia de retirada da bolsa de colostomia prevista para 12 de dezembro

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SABER

Cinema| A 26ª edição do Festival Mix Brasil discute a diversidade em mais de 100 filmes exibidos em múltiplos espaços culturais em São Paulo

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SUSTENTÁVEL

Clima| Milhões de pessoas no Caribe enfrentam crescente insegurança alimentar e diminuição da disponibilidade de água doce (em inglês)

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TECH

Inovação| Aplicativos de celular têm o potencial de melhorar os esforços no combate ao HIV/AIDS e outras doenças (em inglês)

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BEM-ESTAR

Saúde| A hipnoterapia feita por psicólogos pode ser eficaz como opção de tratamento para a síndrome do intestino irritável (em inglês)

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JORNAIS

Mourão | Em entrevista, o vice-presidente eleito Hamilton Mourão defende pragmatismo e cautela em temas como economia e relações com China, Venezuela e Oriente Médio (manchete da Folha de S.Paulo)

Bancos | Os economistas Rubem Novaes e Pedro Guimarães, escolhidos para as presidências do Banco do Brasil e da Caixa, respectivamente, terão a missão de vender ativos, reduzir despesas e ganhar eficiência (manchetes de O Estado de S. Paulo e O Globo)

Educação | O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que o colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Vélez Rodríguez será o ministro da Educação. Rodríguez é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (todos os veículos)

Equipe 1 | Jair Bolsonaro adotou três eixos na montagem da equipe: interlocução direta com bancadas "transversais" no Congresso; criação de superestruturas, como a da Economia; e nomeação de militares de alta patente para cargos relevantes (manchete do Valor Econômico)

Equipe 2 | Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente eleito, deixou a equipe de transição após desavença com Gustavo Bebianno, que assumirá a Secretaria-Geral da Presidência (O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico)

Pré-sal | A equipe de Jair Bolsonaro estuda mudar as regras de exploração do pré-sal, com a troca do regime de partilha para o de concessão. A mudança elevaria a arrecadação imediata de licitações (O Globo)

Mais médicos | O Ministério da Saúde divulgou que 11.429 profissionais formados no país já se inscreveram no Mais Médicos. Do total, foram validados 5.212 pedidos (O Estado de S. Paulo)

Lava Jato | A juíza Gabriela Hardt, que substituiu interinamente Sérgio Moro na 13ª Vara de Curitiba e herdou os processos da Lava Jato, deve continuar à frente dos trabalhos até abril (Folha de S.Paulo)