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Cenário - 1.11.18

FSB Inteligência

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Atualizado às 08:04

Dia de Moro

O presidente eleito Jair Bolsonaro e o juiz Sérgio Moro terão hoje pela manhã, no Rio de Janeiro, uma conversa que pode ser um divisor de águas na formação do futuro governo.

Se o convite para chefiar o superministério da Justiça for aceito, os reflexos vão transbordar para muito além dos limites do mundo político.

Com Moro, a Esplanada terá uma grife de peso.

Para dentro, o recado será instantâneo. Bolsonaro colocará de pé - antes mesmo da posse - a promessa de campanha de bater de frente com a violência e a corrupção.

No público externo, o impacto não será menor nem menos imediato. Uma vez ministro, Moro emprestará sua visibilidade internacional a um governo que ainda não conquistou a mídia estrangeira: será um porta-voz.

Ao juiz símbolo da Lava Jato foi oferecida uma pasta que, em termos de status, peso administrativo e capacidade de realização só se compara a de Paulo Guedes, na Economia.

O desenho de ministério apresentado a Moro funde Justiça, Segurança Pública, Controladoria-Geral da União e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

STF

Como está a fila

É de público que, se aceitar o cargo no governo, Moro terá a possibilidade de ser nomeado ministro do STF.

A primeira chance virá em novembro de 2020, quando Celso de Mello, decano da Corte, completará 75 anos.

A segunda será em 2021: Marco Aurélio Mello atingirá a idade limite.

Rascunho

Divisão de tarefas

Em tempos de fusões e debates sobre quem faz o que, aliados de Jair Bolsonaro avaliam que os papéis do MEC e do Ministério de Ciência e Tecnologia podem ser ajustados sem grandes traumas.

O discurso de mais sinergia e eficiência - inclusive na qualidade do gasto - é o que move neste momento aqueles que pregam mudanças.

PT

Dívidas

O PT lançou uma frente na internet para arrecadar fundos para pagar as despesas de campanha de Fernando Haddad. Os militantes têm até o dia 15 de novembro para contribuir on-line.

Indicações

Brasília se renova

Com o fim das eleições, o Senado tenta zerar a pauta de indicações para autarquias, cargos da diplomacia e tribunais.

Ontem, foram aprovados nomes para o Tribunal Superior do Trabalho, embaixadas e direção-Geral da Agência Nacional de Mineração.

AGENDA

Rodovia - O governo Federal fará hoje o leilão da Rodovia de Integração do Sul.

Indústria - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física - Brasil 2018.

SABER

Galeria - O Instituto de Arte de Chicago disponibilizou para visualização on-line, compartilhamento ou download, 44 mil imagens de obras de arte em altíssima resolução, além de livros, estudos e pesquisas sobre a história da arte.

SUSTENTÁVEL 

Mobilidade - Depois de um período de testes, a startup Yellow disponibiliza patinetes elétricos na cidade de São Paulo para compartilhamento.

TECH 

Sociedade - A versão digital da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) chegou a 500 mil motoristas. O documento pode ser obtido em todos os Estados - disponível para iPhone e Android.

BEM-ESTAR

Proteção - Cientistas descobrem ciclo biológico de 48 horas (em inglês) responsável por sincronizar mecanismos do corpo para a proteção natural da pele dos danos causados pelo sol.

JORNAIS

Esplanada - Jair Bolsonaro sinaliza com uma redução do número de ministérios e deverá cortar a metade das atuais pastas: caem de 29 para 15. O esboço prevê superministérios da Economia e da Justiça. (manchetes em Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e Valor Econômico)

Fusões - Os ministérios da Educação, Esporte e Cultura serão fundidos, assim como a Agricultura e Meio Ambiente. A Justiça abarcará Segurança Pública e Transparência e Controladoria-Geral da União, enquanto Economia unirá Fazenda, Planejamento e Indústria. (todos os veículos)

Reação - As alterações nos ministérios foram vistas com cautela por especialistas das áreas, que temem esvaziamento das pastas fundidas. (todos os veículos)

Moro - O juiz Sérgio Moro deve aceitar hoje o convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. (manchete de O Globo)

Lava Jato - Se Moro virar ministro, os processos da Lava Jato deverão ser conduzidos, provisoriamente, pela juíza substituta Gabriela Hardt. (todos os veículos)

Governabilidade - Em entrevista, o deputado mais votado na última eleição, Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, descarta a troca de cargos por apoio no Congresso. Ele afirma que o governo de seu pai não irá 'retroceder' ao petrolão e ao mensalão. (O Globo)

Universidades - Por unanimidade, os ministros do STF referendaram ontem uma liminar da ministra Cármen Lúcia suspendendo decisões da Justiça Eleitoral que, na semana passada, autorizaram a entrada de policiais em universidades para apreender materiais, retirar faixas e proibir debates e aulas abertas. (todos os veículos)

Previdência - Uma equipe de especialistas coordenada pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga preparou para o governo eleito uma proposta de reforma da Previdência que promete alívio de R$ 1,3 trilhão aos cofres públicos. (todos os veículos)

Mercado - Como reflexo da euforia de investidores com o desenrolar da corrida eleitoral, o dólar caiu mais de 8% em outubro. Já a Bolsa subiu quase 10% no mês. (todos os veículos)