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Cenário - 20.9.18

FSB Inteligência

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Atualizado às 09:43

Nenhum presidenciável ou coordenador econômico de campanha disse (até agora!) que vai imprimir dinheiro para resolver o problema fiscal do país em 2019.

Apesar disso, a temporada de soluções milagrosas está oficialmente aberta.

As propostas compartilhadas com a sociedade têm tropeçado na falta de detalhamento, mas esse não é o maior dos problemas - vide os (vagos!) programas de governo e as (precárias!) sabatinas e entrevistas.

A novidade desta eleição é que algumas ideias testadas entre quatro paredes ganharam as ruas antes da hora, criando confusão e polêmicas.

Taxar bancos, rever o arcabouço de isenções, atualizar o index tributário, unificar cobranças, recriar impostos e até dar calotes são algumas das teses abraçadas por quem quer ser presidente do Brasil.

O tempo está passando. Essas e outras saídas não têm impacto isolado nem imediato.

Muitas delas também precisam vir acompanhadas de leis, o que envolve ao Congresso e uma vasta agenda de problemas.

Os candidatos e seus gurus sabem de tudo isso, mas não falam.

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Conjuntura

Fazendo as contas

A realidade fiscal imposta ao novo presidente será duríssima em 2019.

A meta de déficit primário é de R$ 139 bilhões.

Além disso, as despesas com a Previdência vão subir mais do que se imaginava porque a reforma não vingou.

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PT x Bolsonaro

Táticas, discursos e ações

Mantidas as curvas apontadas pelas últimas pesquisas, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) tendem a dedicar atenção especial aos que dizem que vão votar nulo.

A massa de brasileiros que rejeita o projeto de ambos pode ser determinante para reconfigurar o quadro às vésperas do primeiro turno.

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Base

Sindicatos e eleições

Entidades que representam trabalhadores promovem hoje um ato em apoio a Fernando Haddad (PT), em São Paulo.

A intenção é mostrar que o PT ainda tem o monopólio do voto sindical.

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Ficha limpa

Filtro

Estatísticas dos registros de candidatura mostram que a Lei da Ficha Limpa começa a fazer efeito de controle prévio.

Cansados de bater à porta e serem rejeitados pela Justiça Eleitoral, os candidatos que não estão quites com a lei acabam desistindo.

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Governo

Hora da revisão

O trabalho da Comissão Mista de Orçamento está parado, mas o Ministério do Planejamento segue nutrindo certo otimismo com a previsão de receitas do quarto bimestre.

O governo quer entregar ao novo presidente uma lei orçamentária emendada com notícias boas.

Pretende, inclusive, anunciar a ampliação da estimativa de receitas e uma inesperada margem para investimentos.

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Estradas

Fiscalização mais dura

Os caminhoneiros amargam o ônus da visibilidade.

Após a greve que parou o país em maio, a categoria virou alvo de rígidas fiscalizações do Ministério do Trabalho.

Centenas de veículos com média de idade acima de 13 anos, sem itens de segurança, e dirigidos por motoristas que apresentam sono por excesso de trabalho estão sendo flagrados e autuados.

As multas vão direto para as empresas donas dos caminhões.

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Agenda

Presidenciáveis 1 - A TV Aparecida realiza hoje debate com os presidenciáveis. Transmitirá também pelo Youtube

Presidenciáveis 2 - G1 e CBN sabatinam Alvaro Dias (Podemos)

Extrativismo - O IBGE divulga hoje dados da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura referentes a 2017

Nos jornais

Datafolha - Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança da corrida presidencial, de acordo com a nova pesquisa Datafolha, com 28% das intenções de voto. Fernando Haddad (PT) cresceu três pontos e atingiu 16%. Ciro Gomes (PDT) continua com 13%, mas é o único que venceria todos os rivais no segundo turno (manchete da Folha de S.Paulo)

Haddad - Pragmático, flexível, não sectário e com 'jogo de cintura' são as qualidades que Fernando Haddad (PT) promete buscar ao escolher o ministro da Fazenda, caso seja eleito (O Globo, O Estado de S.Paulo e Valor Econômico)

Alckmin - Em evento realizado pela revista Veja, Geraldo Alckmin (PSDB) buscou transmitir tranquilidade, afirmando que está confiante de que estará no segundo turno (Valor Econômico, O Globo e O Estado de S. Paulo)

Kátia - Em entrevista, a candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PDT), Kátia Abreu, acusa Haddad de não ter atuado para impedir o impeachment da ex-presidente Dilma: "Ele foi higienista nos momentos decisivos" (Valor Econômico)

CPMF - Jair Bolsonaro (PSL) recorreu ontem às redes sociais para negar que, se eleito, criará uma nova "CPMF". A proposta, encampada pelo economista Paulo Guedes, causou a primeira crise entre os dois (manchete de O Globo e O Estado de S. Paulo)

Pré-sal - Com o adiamento do megaleilão do excedente da cessão onerosa para 2019, a 5ª Rodada do Pré-sal, na próxima semana, é estratégica para as petroleiras. A depender do desfecho da eleição presidencial, a licitação, pode ser a última oportunidade de contratação de blocos durante pelo menos quatro anos (manchete do Valor Econômico)

Selic - O Banco Central manteve ontem a taxa básica de juros em 6,5% ao ano, mas sinalizou que pode subir a Selic mais à frente por causa da inflação e dos reflexos das eleições (todos os veículos)

CADE - O Conselho Administrativo de Defesa Econômico homologou ontem três Termos de Compromisso de Cessação com a Cielo, Bradesco e Banco do Brasil. O acordo prevê o pagamento de R$ 33,8 milhões de multa em troca de suspender inquérito por possível prática de irregularidades no mercado de meios de pagamentos (todos os veículos)