O escolhido
João Grandino Rodas é o novo reitor da USP
Rodas disputava a posição com Glaucius Oliva, diretor do Instituto de Física de São Carlos, e Armando Corbani Ferraz, pró-reitor de Pós-Graduação.
É a primeira vez desde 1981 que o primeiro colocado na eleição não é o escolhido. O então governador Paulo Maluf optou por Antônio Hélio Vieira, o quarto entre seis nomes. Apesar de tradicionalmente ser escolhido o primeiro da lista, o governador pode optar por qualquer um deles.
Com quatro graduações (Direito, Educação, Letras e Música) e três mestrados, Rodas é doutor e livre-docente pela USP. Foi membro da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça e presidente do CADE.
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Confira abaixo o currículo do novo reitor.
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João Grandino Rodas possui quatro graduações : em Música pela Faculdade de Música Sagrado Coração de Jesus (1964) ; em Educação pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1969) ; em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1969) e em Letras pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira dos Padres Jesuítas (1970). Três mestrados : em Ciências Político-Econômicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1970) ; em Direto, pela Harvard Law School (1978) e em Diplomacia, pela The Fletcher School of Law and Diplomacy (1985). Possui, ainda, os seguintes títulos acadêmicos : doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (1973) ; Livre-Docente em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1976) ; Titularidade em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da UNESP (1990) e Titularidade em Direito Internacional Privado pela Faculdade de Direito da USP (1993).
Desde 1971, vem desenvolvendo intensa carreira docente. Por dez anos lecionou didática, história da educação e educação internacional na Faculdade de Educação da USP. Entre 1988 e 1993, foi professor de Direito Internacional na UNESP. Na Faculdade de Direito da USP, desde 1971, percorreu todos os graus da carreira: leciona na graduação e na pós-graduação ; foi Chefe do Departamento de Direito internacional (1998/2002 e 2006/2008) ; tendo assumido a direçao da Faculdade, com mandato de 2006 a 2010.
Foi Fulbright-Fletcher Fellow junto à The Fletcher School of Law and Diplomacy (1977-78) e Visiting Professor ou Visiting Scholar junto ao Institut de Droit de la Paix et du Development, Nice, França (1974); ao The Brookings Institution, Washington, D.C. (1976) ; a Columbia University School of Law, New York, N.Y. (1985-86) ; ao Max-Planck-Institut für ausländisches und internationales Privatrecht , Hamburgo (1991-92) e a Facolta di Giurisprudenza da Universidade de Trento, Itália (2008).
Iniciou a prática jurídica como advogado de empresa, tendo sido gerente do Departamento Jurídico da Ford Brasil S.A. Ingressou na Magistratura do Trabalho (1980) e na JF (1982). Nesta foi titular da 3ª vara Federal da então Seção Judiciária do Rio Grande do Sul e da 15ª vara da seção Judiciária de São Paulo (1982/1989). Foi provido a desembargador Federal do TRF da 3ª região em 1989.
Chefiou a Consultoria Jurídica do Ministério das Relações Exteriores (1993/1998), tendo participado e chefiado várias delegações brasileiras a reuniões diplomáticas internacionais. Foi Chefe de Delegação junto a Comissão Preparatória da ONU para o Estabelecimento de um Tribunal Penal Internacional e Comissão da ONU para o Direito do Comércio Internacional-UNCITRAL.
Por indicação do Presidente da República, foi membro da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça, criada pela lei 9.140/1995, que decidiu centenas de processos de reconhecimento da responsabilidade por mortes e desaparecimentos por motivação política.
De 2000 a 2004 foi presidente do CADE, tribunal administrativo de âmbito nacional, que julga as concentrações de empresas e as infrações concorrenciais.
No âmbito judiciário internacional, foi membro do Comitê Jurídico Interamericano da OEA (1996/2004), tendo sido seu Vice-Presidente e Presidente; desde 2000 vêm sendo Juiz do Tribunal Administrativo do Sistema Econômico Latino Americano – SELA; desde 2004, vem sendo Juiz do Tribunal Permanente de Revisão do MERCOSUL, principal órgao judiciário e arbitral desse bloco econômico, tendo sido o seu Presidente, em 2007/2008.
Tem participação como árbitro internacional, privado ou público. Com destaque para : Árbitro, apontado pelo Brasil, para a primeira arbitragem do MERCOSUL, que opôs Brasil e Argentina (1999); perito Jurista, indicado pelos Países Garantes do Protocolo do Rio de Janeiro, no diferendo territorial entre Equador e Peru (1998); e presidente da Comissão Jurídica ad hoc que elaborou opinião jurídica independente a pedido dos Partidos Políticos de Honduras, no Caso Maduro (2000).
Pertence ao Conselho Diretor da Comissao Fulbright para o Intercâmbio entre os Estados Unidos e o Brasil, desde 2000.
É parecerista procurado em direito internacional e em direito antitruste. Possui livros e trabalhos publicados. Seus artigos jornalísticos aparecem nos jornais : "O Estado de São Paulo", "Folha de Sao Paulo" e "Correio Brasiliense".
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