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CNJ inspeciona pagamentos feitos a magistrados do Judiciário matogrossense

A Corregedoria do CNJ vai aprofundar as investigações em unidades administrativas do TJ/MT. A correição, que terá início na amanhã, 15/7, poderá abranger unidades judiciais de primeira e segunda instância do Estado, caso a equipe julgue necessário. A correição tem como objetivo apurar e corrigir "graves deficiências" verificadas pela Corregedoria nos registros de pagamentos feitos a magistrados do Tribunal.

14/7/2009


Correição

CNJ inspeciona pagamentos feitos a magistrados do Judiciário matogrossense

A Corregedoria do CNJ vai aprofundar as investigações em unidades administrativas do TJ/MT. A correição, que terá início na amanhã, 15/7, poderá abranger unidades judiciais de primeira e segunda instância do Estado, caso a equipe julgue necessário.

A correição tem como objetivo apurar e corrigir "graves deficiências" verificadas pela Corregedoria nos registros de pagamentos feitos a magistrados do Tribunal.

A equipe pretende verificar minuciosamente os valores registrados como devidos, as quantias já pagas aos juízes, assim como a natureza das verbas referentes a indenizações, auxílio transporte, pagamentos suplementares, certidões de crédito, entre outros.

A determinação está na Portaria 150 da Corregedoria, assinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp. Os trabalhos serão realizados por funcionários e juízes auxiliares da Corregedoria e da presidência do CNJ. Dois profissionais indicados pelo TCU também poderão auxiliar na correição. A escolha do Mato Grosso para a inspeção se deve à constatação feita pela Corregedoria de "falta de clareza" quanto à verdadeira origem de verbas indenizatórias pagas a magistrados do Estado. Além disso, há indícios de pagamento de passivos relativos a verbas já suspensas pelo CNJ, como o auxílio transporte.

A emissão de certidões de crédito pela Coordenadoria de Magistrados, em favor de juízes – algumas delas em valor superior a R$ 290 mil - também será apurada pela equipe do CNJ. Segundo a Portaria, tais certidões de crédito são comercializadas com empresas devedoras da administração pública nos mesmos moldes dos precatórios.

A Corregedoria também pretende verificar um pagamento suplementar dirigido apenas a dois magistrados do Tribunal, sem que nenhum outro tenha recebido valor semelhante entre 2002 e 2009. Os valores de tais pagamentos ainda serão apurados pela correição. Além disso, a equipe também vai verificar particularidades encontradas em algumas folhas suplementares de pagamentos "extra especiais", que não especificam sequer o domicílio bancário dos magistrados favorecidos.

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