Operação Castelo de Areia
PF faz operação contra crime financeiro em SP
A PF realizou na manhã de hoje, 25/3, uma operação de combate a crimes financeiros, entre eles evasão de divisas, lavagem de dinheiro e fraude em licitações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Denominada Castelo de Areia, a operação visa desarticular quadrilha inserida em uma grande construtora nacional, razão do nome escolhido.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão e dez de prisão nos dois estados – entre eles, contra quatro diretores e duas secretárias de alto escalão da construtora Camargo Corrêa. Nesta manhã, a PF estava no prédio da construtora, na Zona Sul da capital paulista. Os mandados foram expedidos pela 6ª vara criminal da JF/SP.
O articulador dos crimes e doleiros estão entre os que tiveram a prisão pedida.
Movimentações financeiras
A Polícia Federal identificou movimentações financeiras nacionais e internacionais com dinheiro de origem ilícita ou não. Eram criadas empresas de fachada para o esquema.
Os suspeitos detidos poderão responder por fraudes em licitações que teriam ocorrerido em vários municípios, evasão de divisas, operação de instituição financeira sem autorização, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha – crimes que podem levar a até 27 anos de prisão.
Clientes dos investigados foram também identificados. Eles podem responder por crime de evasão, que cuja pena pode chegar a seis anos de prisão.
A operação, chamada de Castelo de Areia, é conduzida pela divisão de combate a crimes financeiros da Polícia Federal.
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Confira abaixo a nota da empresa encaminhada para a redação migalheira.
NOTA À IMPRENSA
A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos hoje pela manhã, quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o momento a empresa não teve acesso ao teor do processo que autoriza essa ação.
A Camargo Corrêa ressalta que cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais, gerando mais de 60 mil empregos no Brasil e em 20 países em que atua. Em 2008, o Grupo faturou cerca de R$ 16 bilhões, gerando riqueza ao País e às comunidades em que suas empresas estão inseridas.
O Grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa e trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas.
Camargo Corrêa
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