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Justiça paulista decreta prisão preventiva de Gil Rugai

No último domingo, 7/9, reportagem exibida pelo "Domingo Espetacular", da TV Record, mostrou que o ex-seminarista Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004, esva vivendo em um endereço diferente do informado à Justiça de São Paulo. Desde o início do ano ele estava em Santa Maria/RS.

10/9/2008


Preventiva

 

Justiça paulista decreta prisão preventiva de Gil Rugai

 

No último domingo, 7/9, reportagem exibida pelo "Domingo Espetacular", da TV Record, mostrou que o ex-seminarista Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004, estava vivendo em Santa Maria/RS, endereço diferente do informado à Justiça de SP.

Depois da exibição da reportagem, o MP entrou na Justiça pedindo a prisão preventiva de Rugai, decretada ontem, 9/9, pelo juiz Rogério Monteiro de Oliveira, do 5º Tribunal do Júri de São Paulo (Clique aqui e leia a decisão na íntegra).

De acordo com a promotora Mildred de Assis Gonzales, a prisão foi pedida porque o réu não estava só a passeio. "Ele fixou residência até agosto de 2010. Houve uma quebra na confiança que o Estado havia colocado nele", disse a promotora. Para a Gonzales, a atitude de Rugai demonstrou descaso com a Justiça. 

Rugai voltou para SP e foi preso ontem mesmo, por volta das 16h30, pela Polícia Civil, na casa da mãe, no bairro da Barra Funda (zona oeste).

HC

Rugai teve HC concecido pelo STF em abril de 2006 (HC 86346 - clique aqui), determinando sua imediata soltura.

"A Turma, por votação unânime, denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, mas concedeu-a, de ofício, por votação majoritária, nos termos do voto do Ministro Celso de Mello (Presidente), por entender configurado excesso de prazo na duração da prisão cautelar do paciente, ordenando a imediata expedição de alvará de soltura, em seu favor, se por al não estiver preso, vencido, no ponto, o Relator."

Defesa

A defesa de Rugai nega que o réu quebrou a confiança ao sair de São Paulo. "O Supremo apenas revogou a preventiva. Não houve nenhuma imposição em seu alvará de soltura", afirmou o advogado Fernando José da Costa.

De acordo com o defensor, Rugai, pelo princípio da presunção da inocência, "poderia sair da cidade, do Estado e até do país se quisesse sem que precisasse avisar o judiciário."

O caso

Gil Greco Rugai foi preso preventivamente pela acusação de duplo homicídio do pai, Luiz Carlos Rugai, e da esposa dele, Alessandra de Fátima Troitino. O crime ocorreu em março de 2004. Gil Rugai ficou preso por dois anos até ser libertado por ordem do STF em 2006.

A investigação da polícia apontou vários indícios contra Gil Rugai. Exames realizados em uma marca de sapato deixada na porta da sala de vídeo apontara que quem arrombou a porta teria lesões no pé. O Instituto de Criminalística realizou então exames de ressonância magnética da planta do pé de Gil, que apontaram tais lesões.

Além das provas colhidas na casa, a polícia levantou a hipótese de o crime ter ligação com o afastamento de Gil da empresa do pai, a Referência Filmes. O ex-seminarista estaria envolvido em um desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa e, por isso, teria sido demitido de seu departamento financeiro.

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