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Tendência: novas condições fazem parte da contratação de executivos

12/8/2008

 

Opinião

 

O mercado de trabalho está cada vez mais exigente. E, atualmente, novas condições fazem parte da contratação de executivos. O advogado Sólon Cunha, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, comenta o assunto.

 

Leia abaixo a íntegra da matéria.

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Tendência: novas condições fazem parte da contratação de executivos

 

Atualmente, a contratação de executivos, especialmente do alto escalão, não se limita apenas à negociação de valores de salário e de bônus. O ingresso desses profissionais na empresa envolve a elaboração de um contrato em que constam diversas cláusulas e condições, explica o doutor em Direito do Trabalho e sócio do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, Sólon Cunha. "A crescente preocupação com a imagem corporativa e com os resultados de médio a longo prazo, junto ao acirramento da concorrência, levaram as empresas a desenvolver mecanismos não apenas de incentivo para esses profissionais, mas de retenção e de responsabilidade", explica o advogado.

 

Em geral, a seleção e as primeiras conversas ficam a cargo de Head Hunters, do RH ou mesmo dos acionistas, no caso da contratação de presidentes. Nessa primeira etapa, já são discutidos o salário e as condições gerais do trabalho (funções). "Após isso, é que entra o advogado, para elaboração do contrato e definição de outros detalhes", afirma Sólon. Entre as cláusulas mais usuais atualmente estão a inclusão de um seguro de responsabilidade civil do executivo (D&O), definição de bônus (seja em dinheiro, ações, stock options e outros) com base na performance global da empresa (ibitda) ou na valorização das ações, condições de sigilo, prazos de 3 a 5 anos com renovações periódicas e regras que impedem a migração para a concorrência. "Passou o tempo em que os executivos conseguiam resultados excepcionais em um curto espaço de tempo, deixando os reflexos indesejáveis para o próximo gestor. As empresas buscam resultado sim, mas sólido, continuado e de longo prazo", afirma Sólon.

 

Além de presidentes, esse procedimento de contratação está sendo muito utilizado na contratação de diretores financeiros, comerciais e de relações com investidores (RI). "O grande número de IPOs no Brasil aumentou a demanda por profissionais de RI. Um contrato negociado em bases sólidas facilita a atração e a retenção desses profissionais", salienta o advogado.

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