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Empresa atua para recuperar parte dos depósitos judiciais
A empresa e-Xyon foi destaque de matéria especial publicada pela Gazeta Mercantil no início do mês. Leia abaixo na íntegra.
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Empresa atua para recuperar parte dos depósitos judiciais
O mercado de gerenciamento de risco jurídico está em expansão. A afirmação é do consultor Victor Rizzo, da e-Xyon, empresa que atua nesse segmento há cerca de três anos. De acordo com o executivo, há dois anos a empresa tinha 600 mil processos. Hoje são mais 1,2 milhão de processos gerenciados pela e-Xyon. O principal mercado para a empresa é levantar depósitos judiciais esquecidos pelas empresas em bancos oficiais. "Uma ação na Justiça brasileira leva anos. Nesse intervalo, muda o escritório de advocacia, a diretoria da empresa e, muitas vezes, quando o processo chega ao fim, a empresa nem sabe que tem um valor para receber", explica Rizzo.
A estimativa dele é que entre 5% a 8% dos valores depositados em Juízo possam ser recuperados pelas empresas. Só a Nossa Caixa, banco estatal paulista que pode ser comprado pelo Banco do Brasil, teria cerca de R$ 16 bilhões de depósitos judiciais, segundo cálculos da e-Xyon. "Entre 5% a 8% desse montante já poderia ter voltado para o caixa das empresas, um valor considerável que poderia ajudar muitas empresas", comenta o executivo. "Isso dá uma quantia de R$ 800 milhões a R$ 1,28 bilhão que poderiam estar por aí, no cofre das empresas, circulando novamente pelo mercado", complementa.
Rizzo conta que conseguiu levantar R$ 12 milhões de um dos seus clientes, que tinha cerca de 16 mil processos. "O gerenciamento dos processos é fundamental para que a empresa saiba exatamente quanto está depositado em bancos oficiais e quanto pode ser recuperado desse montante", comenta ao lembrar que o acompanhamento desses processos não é tarefa fácil. "As empresas têm cada vez mais processos e o gerenciamento fica mais difícil", diz. Uma estimativa divulgada pela e-Xyon revela que grandes escritórios de advocacia movimentam cerca de 40 mil processos por ano. Há 20 anos eram 3 mil.
Passivo trabalhista
A Gerppass, empresa de conhecimento e solução para passivos trabalhistas, fez um levantamento com quatro dos seus clientes e concluiu que de um total de 295 processos trabalhistas que foram encerrados entre 2003 e 2007 no Tribunal Superior do Trabalho (TST), apenas 7 foram julgados improcedentes pelo tribunal. Ou seja, as empresas tiveram êxito em 2,37% das ações levadas à terceira instância. "O retorno de processos trabalhistas em Brasília era de 1% e agora subiu para quase 2%", diz advogado Francisco Tyrola, sócio da Gerppass.
"Usamos números para gerir o passivo trabalhista visando sempre o melhor resultado para a empresa. Damos uma visão financeiro do processo trabalhista", revela o Tyrola. "Com esse levantamento, por exemplo, é possível demonstrar que em muitas situações não é vantagem para a empresa recorrer à terceira instância, já que a chance de êxito é pequena."
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Fonte : Gazeta Mercantil, 4/7
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