Oficialmente
Ministro Barros Monteiro se despede do STJ
Em discurso emocionado, Barros Monteiro admitiu a tristeza em afastar-se do tribunal no qual serviu durante quase 19 anos e de encerrar a carreira de juiz de Direito iniciada há 43 anos como juiz substituto na Seção Judiciária de Santos, mas ressaltou que o faz com o sentimento da missão cumprida e com a certeza de que trabalhou da melhor maneira possível. "As oportunidades que tive, a despeito dos inúmeros obstáculos enfrentados, fazem de mim hoje uma pessoa satisfeita, bastando-me, para tanto, o sentimento da missão cumprida, pois o meu propósito desde o início foi o de bem servir à coletividade e de trabalhar da melhor maneira possível."
Barros Monteiro afirmou que se sente honrado em concluir sua carreira de magistrado no STJ, denominado o Tribunal da Cidadania, onde o cidadão é a figura central de todos os litígios. Ele espera que o Tribunal avance na modernização, na simplificação dos procedimentos e na adoção de melhores práticas administrativas para que possa atender à sociedade com serviços cada vez mais adequados e de maior qualidade.
O ministro, que deixa a presidência do STJ na próxima segunda-feira e se aposenta no dia seguinte, não poupou agradecimentos aos familiares, ministros, colegas e servidores e informou que retornará às suas raízes, ao seio da família e à cidade natal, São Paulo. "Agradeço, em primeiro lugar, à Divina Providência por me permitir chegar aonde cheguei, não obstante as minhas limitações, que não procuro ocultar."
Escolhido para falar em nome da Corte, o decano do STJ, ministro Nilson Naves, elogiou a forma séria e discreta com que Barros Monteiro conduziu o STJ nos últimos dois anos e ressaltou que o ministro deixará na galeria dos presidentes a marca de homem centrado e prudente.
"Em nome de todos os ministros, quero manifestar o reconhecimento pela forma como conduziu os trabalhos deste colegiado. Receba os cumprimentos de todos nós pela valiosa contribuição que deixa na história do Superior Tribunal", ressaltou Nilson Naves. Falando em nome do Ministério Público, o subprocurador-geral Edinaldo de Holanda Borges parabenizou o ministro Barros Monteiro pelo exercício destacado da presidência que ficará como um marco histórico.
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