Resgate
Colômbia dá aval a Chávez para libertar reféns das Farc
O anúncio foi feito menos de uma hora depois de Chávez divulgar seu plano de resgate dos reféns, em que disse que só esperava o aval do colega colombiano, Álvaro Uribe, para dar início à operação.
"O governo da Colômbia autoriza a missão humanitária nos termos estabelecidos", disse o ministro das Relações Exteriores colombiano, Fernando Araújo, na breve resposta oficial dirigida ao chanceler venezuelano, Nicolas Maduro.
O governo colombiano agradeceu ao governo venezuelano, em especial a Chávez, "por seu interesse na libertação unilateral e incondicional dos três seqüestrados".
Araújo disse que, por motivos constitucionais, os aviões que serão utilizados na operação terão que levar os símbolos da Cruz Vermelha, que deve participar do resgate.
Transparência
A expectativa é de que sejam libertados Clara Rojas, ex-chefe de campanha da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt; Emmanuel, o filho de Clara nascido em cativeiro; e a ex-parlamentar Consuelo González.
Na semana passada, as Farc anunciaram a libertação dos três reféns como um ato de desagravo a Chávez, após a decisão do presidente colombiano Álvaro Uribe de afastar o colega venezuelano da mediação de um acordo com as Farc.
De acordo com Chávez, a operação chamada de "caravana aérea" contará com o apoio de Brasil, Argentina, Bolívia, Cuba, Equador e França, além de um representante do governo colombiano.
O presidente venezuelano disse que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aceitou colaborar com a operação, designando o assessor especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, como representante no resgate dos reféns.
Segundo o plano apresentado por Chávez, helicópteros e aviões do governo venezuelano e da Cruz Vermelha devem se deslocar de cinco locais até o município de Villacencio, na Colômbia, de onde começaria a operação na selva. Após o resgate, os reféns seriam levados a Caracas.
"Quem está com essas pessoas são as Farc, e eles disseram que entregariam a mim os reféns", respondeu Chávez, quando questionado sobre porque os reféns seriam levados à capital venezuelana. "Eu não posso recebê-los em Bogotá."
Chávez afirmou que "até este momento" não sabe o local onde serão entregues os seqüestrados e que não participará pessoalmente da operação de resgate dos reféns.
Os três reféns que podem ser libertados são parte de um grupo de 45 pessoas seqüestradas pelas Farc que podem ser trocadas por cerca de 500 guerrilheiros presos. Entre os reféns está a ex-candidata à Presidência colombiana Ingrid Betancourt, que no dia de Natal passou seu sexto aniversário em cativeiro.
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Fonte: BBC Brasil
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