Plenário
Senado aprova mudanças no Tribunal do Júri para acelerar processos
A coordenadora do grupo criado no âmbito da CCJ, que analisou a proposta, senadora Ideli Salvatti - PT/SC, lembrou que a agilidade que se pretende imprimir à Justiça é imprescindível no combate à impunidade. Ela disse que o retardamento de um julgamento só serve a quem quer fugir da ação judicial.
O relator do projeto de lei, senador Demóstenes Torres - DEM/GO, disse que as mais de cem modificações modernizam a Justiça e assinalou que o Tribunal do Júri é onde o povo pode ser juiz e, por isso, o mais importante de todos os tribunais. Ele observou que os processos que levam anos poderão ser resolvidos em três meses.
"O advogado quando quer enrolar o processo, manda ler o procedimento que pode levar dois ou três dias. Agora as partes poderão indicar as peças que devem ser lidas no prazo máximo de duas horas. Acaba também o 'protesto por um novo júri', que levava os juízes a aplicar penas de 15 anos, 17 anos, para evitar a volta do processo à estaca zero", explicou.
O projeto de lei volta à Câmara dos Deputados, uma vez que sofreu modificações. Mas, como assinalou a senadora Ideli Salvatti, houve um entendimento com aquela Casa para que as modificações sejam mantidas.
___________________