Migalhas Quentes

Solto por engano

Gleison Lopes de Oliveira foi solto por engano

26/5/2004

 

Liberdade

 

Churrasco. Foi dessa maneira que Gleison Lopes de Oliveira, um dos acusados do assassinato do empresário José Nelson Schincariol, comemorou sua liberdade. Ele foi solto, no dia 17/4, por engano e o erro só foi descoberto dez dias depois. Em entrevista para o Fantástico, no último domingo, o juiz José Fernando Minhoto, que mandou libertar o homem mostrou sua versão sobre o caso.

 

Solto por engano

 

O acusado foi liberado por um erro de interpretação do que dizia um telegrama. No texto, o desembargador Raul Mota cita um pedido de hábeas-corpus, que diz "deferindo liberdade provisória", feito pela defesa de Gleison. E o juiz José Fernando Minhoto, se concentrou apenas nesta frase, mandando soltar o réu.

 

Minhoto reconheceu o erro. Mas disse que a mensagem deu interpretação que era para soltar o acusado. “Na dúvida, interpreta-se sempre a favor do réu. Eu corria o risco de errar como errei, de mandar soltá-lo. Mas não conseguiria passar um fim de semana tranqüilo se eu soubesse que deixei, injustamente, um ser humano - não estou falando réu, acusado, nada disso - preso indevidamente", declara o juiz.

 

Com 11 anos de experiência como juiz, e há 22 anos no judiciário, Minhoto expediu nova ordem de prisão. Mas, Gleison está desaparecido há mais de um mês.

 

Caso

 

Gleison é um dos sete acusados de assaltar e matar o empresário Nelson Schincariol, em agosto do ano passado. Nelson foi assassinado na garagem de casa, em Itu, interior de São Paulo. Gleison e cinco comparsas foram presos na época. O sétimo integrante nunca foi localizado. Segundo a acusação, Gleison passava informações sobre a familia Schincariol para a quadrilha. A defesa nega.

"Ele não tinha motivo para arquitetar o assalto", defende o advogado Roberto Delmanto Jr.

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