Caso Renan
Carta enviada oas senadores rebate denúncias da revista Veja
<_st13a_personname productid="em Alagoas. Renan" w:st="on">Renan abre o texto acusando a revista de difundir inverdades, na suposta tentativa de desonrar seu mandato como senador e dificultar sua permanência no comando do Senado.
"É nítido o propósito da revista de manter aceso, artificialmente, o pseudo-escândalo por ela mesma criado. Como as primeiras acusações já foram por mim rebatidas definitivamente, agora fabricam outras, no embalo das maledicências provincianas e do ressentimento dos derrotados", afirma.
Ainda na carta, Renan indaga a motivação da "voraz e contínua tentativa de linchamento moral" que Veja estaria promovendo contra ele. E, como resposta, levanta a hipótese de estar sendo usado como "cortina de fumaça" para encobrir possíveis irregularidades no processo de venda da TVA - canal de TV paga de propriedade do Grupo Abril, que também edita a Veja - a uma empresa estrangeira por cerca de R$ 1 bilhão.
Em outros trechos da carta, o presidente do Senado reafirma aos senadores que sempre preservou a dignidade do cargo e assegura não dever nada tanto no plano ético quanto moral.
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Veja abaixo a carta de Renan na íntegra.
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"Prezado(a) amigo(a),
Como é notório, uma revista semanal, sem limites éticos e qualquer critério jornalístico, travestida de tribunal político, vem difundindo inverdades, tentando desonrar o mandato que me foi legitimamente outorgado pelo povo de Alagoas, e dificultar a minha permanência na direção da Casa.
Reafirmo a Vossa excelência que sempre preservei a dignidade do cargo que ocupo.
Jornalistas e repórteres são as mais expressivas testemunhas do meu respeito pela liberdade de imprensa. No entanto, reajo com veemência a essas reiteradas torpezas.
É nítido o propósito da revista de manter aceso, artificialmente, o pseudo-escândalo por ela mesma criado. Como as primeiras acusações já foram por mim rebatidas definitivamente, agora fabricam outras, no embalo das maledicências provincianas e do ressentimento dos derrotados.
A derradeira frustração foi tentar me envolver numa negociação da Schincariol em Alagoas, quando logo ficou claro que nada tenho a ver com a empresa vendida.
Dessa vez, além da capa, a revista reservou generosas páginas para destilar vilanias. E mais uma vez mentiu.
Grande parte da Nação está curiosa. Quer saber o que está por trás de tudo isso, desta voraz e contínua tentativa de linchamento moral. Desses ataques que não cessam.
Patriotismo ? Compromisso ético com a lisura e o comportamento dos homens públicos ? Ou, quem sabe, usar-me como cortina de fumaça para que, por suas sombras, acabe por ser celebrada uma nebulosa transação de cerca de R$ 1 bilhão, envolvendo a venda de uma concessão de canal de televisão pelo Grupo Abril, proprietário da revista Veja, a uma empresa estrangeira ?
Este, sim, um assunto que verdadeiramente interessa à sociedade brasileira. Talvez fosse o caso de investigar o negócio bilionário que se deseja manter na obscuridade.
Ninguém ignora o poder dessa gente. Aliás, poder ostensivamente demonstrado na série interminável de reportagens infamantes, editadas para garantir que detalhes sórdidos da operação não venham à tona.
De minha parte, asseguro a vossa excelência que tanto no plano ético quanto no plano moral nada devo.
Não irei decepcioná-lo (a).
Afetuosamente,
Senador Renan Calheiros"
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