Nesta quarta-feira, 9, durante julgamento no STF a respeito da possibilidade do MP firmar TACs com entidades esportivas, ministra Cármen Lúcia destacou e elogiou as mulheres brasileiras que, vindas do interior do país, conquistaram medalhas importantes para o Brasil nas Olimpíadas de 2024.
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A ministra mencionou que os jogos evidenciaram que atletas que conquistaram medalhas, especialmente as mulheres, não vieram das capitais ou de áreas com mais recursos, mas de regiões menos favorecidas, onde o esforço pessoal foi fundamental para o sucesso.
"O Brasil não é, definitivamente, Ipanema, Leblon, com toda sua beleza, avenida Paulista, com toda a sua força econômica. O Brasil é, também, Pauini (Amazonas), é também Ananindeua (Pará) [...] A Federação passa muito pelas condições educacionais e de desporto e arte", afirmou a ministra, enfatizando a necessidade de olhar para o país na totalidade, com igualdade cívica e federativa.
Ainda, disse que o esporte consegue "trazer para a luz grandes talentos que podem realizar grandes coisas para o país".
Como atual presidente do TSE, ressaltou que a desigualdade no acesso a recursos entre grandes centros urbanos e cidades menores passa também pelas eleições.
Citou o exemplo de Feijó, no Acre, onde a entrega das urnas foi prejudicada pela fumaça das queimadas, exigindo entrega de última hora. "A nossa preocupação é exatamente com quem estava em Feijó e, por causa da fumaça, não recebeu as urnas se não na véspera", afirmou.
Veja o momento: