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STJ: Punição por improbidade deve ser igual para agente público e particular

Colegiado decidiu aplicar sanções de suspensão de direitos políticos e proibição de contratar com o poder público a particulares e agentes públicos envolvidos em atos de improbidade administrativa.

19/9/2024

A 1ª turma do STJ decidiu por unanimidade que as sanções de suspensão de direitos políticos e proibição de contratar com o poder público podem ser aplicadas tanto a particulares quanto a agentes públicos envolvidos em atos de improbidade administrativa com prejuízo ao erário.

O TRF da 5ª região, em decisão anterior, havia restringido essas penalidades, aplicando a suspensão de direitos políticos apenas a agentes públicos e limitando a proibição de contratar com a administração a um particular que atuava como empresário.

No entanto, o STJ reformou esse entendimento, acatando o recurso do MPF, que alegava violação ao artigo 12, inciso II, da LIA - Lei de Improbidade Administrativa.

Punição por improbidade não deve fazer distinção entre agentes públicos e particulares, decidiu STJ.(Imagem: Freepik)

O relator do caso, ministro Gurgel de Faria, enfatizou que a LIA não faz distinção entre particulares e agentes públicos quanto à aplicação das sanções, e que tanto a suspensão de direitos políticos quanto a proibição de contratar com o governo devem ser aplicadas a todos os réus envolvidos.

O ministro destacou que, mesmo que um particular não tenha mandato, a suspensão dos direitos políticos ainda afeta seu direito de votar e disputar eleições no período de suspensão. 

Além disso, a proibição de contratar com o poder público, de acordo com o relator, também se aplica a todos, pois nada impediria que agentes públicos, mesmo sem desempenharem atividades empresariais na época, passassem a atuar nesse setor futuramente.

Como resultado, o STJ suspendeu os direitos políticos dos particulares envolvidos por cinco anos e aplicou a mesma penalidade de proibição de contratar com a administração pública aos agentes públicos.

Leia a decisão.

Com informações do STJ.

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