De forma pioneira, a banca Lee, Brock, Camargo Advogados (LBCA) firmou um compromisso público de utilizar a Inteligência Artificial Generativa (IAG) de maneira ética e responsável dentro de suas operações e em conexão com os diversos serviços prestados aos clientes.
Assim, no dia 20/9, realizou o evento "Imersão na Era da IA", com a palestra inaugural proferida pela professora Dora Kaufman, da PUC-SP, quando a LBCA apresentou publicamente suas Políticas Gerais de Uso de IAG, em um evento que reuniu convidados e todos os mais de 800 integrantes do escritório.
"Nós expusemos à equipe todas as regras de uso responsável e ético da IAG na LBCA, que foram exaustivamente discutidas durante várias semanas, seguindo o que há de mais avançado no mundo sobre o assunto. Nós treinamos nossos profissionais sobre a importância de proteger dados pessoais e informações confidenciais, além de adotar as melhores práticas, evitando riscos à privacidade e segurança de dados no uso dessa tecnologia. Para a LBCA, é fundamental esclarecer nossos profissionais, parceiros e clientes", afirma o sócio da LBCA, Solano de Camargo.
A LBCA conta com mais de 40 iniciativas de integração de suas ferramentas internas com diferentes iniciativas de IAG, nas mais diversas áreas, como recuperação de crédito, criação de dashboards, infográficos e apresentações e na área de LegalOps, além da otimização de fluxos internos e relatórios de produtividade.
Solano reforça que a IAG será empregada pelo escritório apenas para fins lícitos e benéficos, com base em 3 pontos fundamentais – treinamento dos modelos de IA a partir de dados acurados para evitar vieses de discriminação; uso transparente para que as partes interessadas fiquem sempre bem-informadas sobre o uso dessa tecnologia; e, por fim, jamais utilizar a IAG em substituição ao julgamento humano nas decisões críticas.
O escritório também está inserindo cláusulas nos contratos com fornecedores e parceiros, para que sigam os mesmos preceitos e permitam auditorias periódicas da LBCA para atestar que estão em conformidade com esses princípios, que passam a compor o código de governança do escritório.
Para Solano, essa linha de atuação ajudará a LBCA a prevenir riscos potenciais da IAG, evitando a criação de deepfakes (vídeo ou áudios falsos), perda de dados pessoais ou eventuais vieses discriminatórios. "Para consolidar essa postura, a LBCA tem realizado treinamentos periódicos com as equipes sobre ética no uso da IA, tendo instalado um comitê interno para monitorar e atualizar nossas políticas internas e assumindo o compromisso de publicar anualmente um relatório de transparência sobre o uso de IAG", explica Solano.
O emprego da IAG dentro da LBCA seguirá um regramento composto por 16 regras gerais, que abrangem: 1. Proteção de dados pessoais e informações confidenciais; 2.Precisão e Supervisão na prática jurídica; 3.Transparência com os clientes; 4.Gestão de fornecedores de IA; 5.Segurança e Proteção das Ferramentas de IAG; 6.Proteção da Propriedade Intelectual no âmbito das tecnologias de IAG; 7.Relacionamento Advogado-Cliente e sigilo profissional; 8.Responsabilidade e Prestação de Contas; 9.Integração com Outras Políticas de proteção de dados; 10.Monitoramento dos vieses da IA para evitar preconceitos; 11.Uso das melhores práticas de implementação; 12. Governança e supervisão;13.Pesquisa e colaboração externa; 14.Monitoramento e responsabilidade; 15.Engajamento externo; e 16.Metas de Longo Prazo, sempre lastreadas por princípios éticos.
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