Contrato
Ziraldo ganha ação na Justiça do Rio contra banco Santander Banespa
O cartunista foi contratado em 2004 pela agência e pela instituição financeira para campanha publicitária. Após finalização do trabalho e formação do banco de imagens, o Santander Banespa realizou pesquisa de mercado e concluiu que o público-alvo, pessoas com menos de 40 anos, não conheciam o personagem "Supermãe", que seria utilizado na propaganda, e cancelou o contrato por incompatibilidade de condições.
"Nessa fase dos acontecimentos, já ultrapassara, inclusive, a fase de proposta, a qual também é geradora de obrigações para o proponente. As partes, os autores e réus, já haviam estabelecido um liame, ao contrário do que sustentam os réus, e fixado as bases do contrato", afirmou a juíza.
Pela utilização do personagem "Supermãe", a princípio pelo prazo de 24 meses, o cartunista receberia R$ 650 mil e para o fornecimento de banco de imagens e confecção de revista em quadrinhos, R$ 150 mil. Ziraldo gastou R$ 2.532,02 referentes a compras de passagens aéreas e postagem de correspondências, valor que também integra a condenação.
"Ora, se entendia o Banco ser necessária a realização da pesquisa, caberia que assim o fizesse antes da proposta feita ao segundo autor. Agindo sem a adoção de tal cautela, acabou por obrigar-se e deve assumir os resultados da desistência manifesta", ressaltou a juíza. Também é autora na ação a empresa do cartunista, The-Raldo-Estúdio de Arte e Propaganda. Cabe recurso da decisão.
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