Em entrevista coletiva na tarde deste domingo, 30, o ministro Alexandre de Moraes descartou a hipótese de estender horário de votação em razão de operações realizadas no transporte público pela Polícia Rodoviária Federal.
Faltando uma hora para o término da eleição, o ministro afirmou que o pleito correu tranquilamente e que a nenhuma operação de fiscalização impediu que as pessoas registrassem seus votos.
Moraes afirmou que as operações, segundo o diretor da PRF, foram feitas com base no CTB, e abordou situações como ônibus com pneu careca, farol quebrado, que não estavam em condições de rodar.
"Isso, em alguns casos, retardou a chegada dos eleitores até a seção eleitoral. Mas, em nenhum caso, impediu os eleitores de chegarem às suas seções eleitorais."
O diretor da PRF, Silvinei Vasquez, esteve no TSE para prestar esclarecimentos e o ministro destacou que determinou a imediata interrupção das operações.
O presidente do TSE destacou que a Corte vai apurar se houve desvio de finalidade ou abuso de poder, o que poderia configurar crime eleitoral, ou, na Justiça comum, ato de improbidade.
Entenda o caso
Neste sábado, 29, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, proibiu a realização de operações da PF no transporte público disponibilizado aos eleitores, gratuito ou não.
Mas o diretor-Geral da PF, Silvinei Vasques, afirmou que "as operações não conflitantes" com a decisão de Alexandre de Moraes deveriam seguir seu curso normal. E, de fato, as operações foram realizadas, descumprindo a ordem da Corte Eleitoral.
Ato contínuo, Moraes intimou o diretor-geral da PRF, para que explicasse com urgência as razões pelas quais as operações foram realizadas.
Vasques esteve no prédio do TSE no início da tarde e teria se comprometido a interromper as abordagens em ônibus.