Na última sexta-feira, Roberto Jefferson arrojou uma série de atrocidades contra a ministra do STF Cármen Lúcia. O pretexto foi voto da ministra em processo ligado à Jovem Pan, na qual a acusa de realizar censura prévia. Mas, para quem tem boa memória, a raiva de "Bob Jeff" contra a ministra é antiga.
Data, especificamente, de janeiro de 2018, quando ela, à época presidente do STF, barrou a posse de Cristiane Brasil, filha do político, como ministra do Trabalho do governo Michel Temer.
A indicação da ex-deputada foi repleta de polêmicas. A nomeação de Cristiane Brasil foi questionada por um movimento de advogados trabalhistas, segundo o qual a entrada de Brasil no ministério ofenderia a moralidade administrativa, visto que ela tinha contra si “fatos desabonadores” como condenação por dívida trabalhista.
Em 1º grau, um juiz do RJ atendeu à demanda e impediu a posse, suspendendo a eficácia de decreto que a nomeava.
A decisão foi mantida pelo então vice-presidente do TRF-2, e o nome da deputada permaneceu barrado.
No STJ, o então vice-presidente ministro Humberto Martins liberou a nomeação, ao concluir inexistir norma que vedasse a nomeação em razão de ter sofrido condenação trabalhista.
A posse já tinha data marcada quando, no STF, o nome foi novamente barrado por liminar proferida pela ministra Cármen, contrária à decisão do STJ.
Dias depois, Cármen Lúcia afirmou que a competência para julgar o caso era mesmo do Supremo, e que os autos de processo em curso no STJ deveriam ser encaminhados ao STF.
Em fevereiro, a filha de Roberto Jefferson já não era mais indicada para a pasta. No Twitter, Roberto Jefferson disse que o PTB declinou da indicação da deputada ante a “indecisão da ministra Cármen Lúcia” ao não julgar o mérito da ação.
Fatos novos
Na última sexta-feira, o ex-deputado Federal Roberto Jefferson, que cumpria prisão domiciliar, faz o vídeo com ofensas à ministra. Depois do fato, Alexandre de Moraes determinou seu retorno ao regime fechado.
A PF foi à casa de Jefferson para cumprir o mandato, mas foi recebida a tiros e granada.
Ao final da “ação”, um vídeo mostra Jefferson conversando com um policial, que faz críticas aos colegas de corporação: "Foi tranquilo. Eles são da inteligência, não sabem nem o que é isso. São de escritório. Não são operacionais".
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