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STF continua julgamento sobre paralisação do Fundo Amazônia

Nesta tarde, a ministra Rosa Weber, relatora, proferiu parte de seu voto. O julgamento será retomado na próxima quarta-feira, 26.

20/10/2022

Nesta quinta-feira, 20, o STF voltou a julgar ação na qual partidos políticos alegam falta de atuação da União quanto à "adoção de providência de índole administrativa" para suspender a paralisação do Fundo Amazônia. 

Em sessão anterior ocorreram as sustentações orais dos autores da ação, de terceiros interessados e da PGR. 

Nesta tarde, a ministra Rosa Weber, relatora, proferiu parte de seu voto. O julgamento, interrompido devido ao horário, será retomado na próxima quarta-feira, 26, com a continuidade do voto da presidente da Corte e dos demais ministros. 

STF prossegue análise sobre omissão da União na paralisação do Fundo Amazônia.(Imagem: Freepik)

O caso 

Os PSB, PSOL, PT e a Rede Sustentabilidade apontam que o objetivo do Fundo Amazônia é fomentar projetos de prevenção ou combate ao desmatamento e voltados para a conservação e a integração sustentável com os recursos naturais na Amazônia Legal, como o uso alternativo da terra.

Segundo as siglas, o governo Federal extinguiu dois órgãos do fundo - o Comitê Técnico e o Comitê Orientador -, e mais de R$ 1,5 bilhão estão represados, sem a contratação de novos projetos ou a implementação de qualquer medida de equilíbrio.

Na avaliação dos partidos, é flagrante a inconstitucionalidade da omissão da União em disponibilizar os valores já depositados na conta do fundo, baseado no art. 225 da CF/88, que estabelece que o Poder Público tem o dever de proteger e preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida.

Assim, as legendas pedem que o STF determine à União que tome as medidas administrativas necessárias para reativar o funcionamento do Fundo Amazônia.

Voto da relatora 

Ao votar, a ministra Rosa Weber, relatora, explicou que o Fundo Amazonia “integra o quadro de instrumentos econômicos de cooperação internacional em matéria de proteção ambiental, climática e desenvolvimento sustentável, conformado por diversos fundos”.

S. Exa. pontuou, ainda, que o desgaste da política ambiental brasileira, em particular a política ambiental voltada ao combate ao desmatamento na Amazônia Legal, portanto, é sinônimo da ausência e da insuficiência regulatória, fiscalizatória e dos incentivos governamentais indiretos para retomada do modelo desenvolvimentista aliado à prática do desmatamento. 

No mais, a presidente da Corte asseverou que “o comportamento estatal com uma política nacional cooperativa de combate, prevenção e controle ao desmatamento foi e é possível, com resultados eficientes e efetivos no quadro protetivo ambiental e de desenvolvimento sustentável”.

Devido ao adiantado da hora, a sessão precisou ser encerrada. A ministra terminará a leitura de seu voto na sessão plenária da próxima quarta-feira, 26.

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