Morreu nesta terça-feira, 28, o ministro aposentado do STF Célio Borja, aos 93 anos. Foi advogado, professor, magistrado e político, tendo se aposentado do STF em 31 de março de 1992.
Célio de Oliveira Borja nasceu em 15 de julho de 1928. Iniciou suas atividades políticas em 1947, na Juventude Universitária Católica. Em 1948, foi eleito vice-presidente da UNE - União Nacional dos Estudantes, cargo que deixou no ano seguinte por causa de divergências com a direção da instituição. Em 1962, candidatou-se a deputado estadual, elegendo-se suplente. Entre os anos de 1960 e 1965, fez parte do governo de Carlos Lacerda.
Em novembro de 1971, Célio Borja continuou com a sua trajetória política e foi eleito Deputado Federal pela Aliança Renovadora Nacional, tornando-se líder do partido na Câmara dos Deputados, em 1974. No ano seguinte, foi eleito presidente da Casa, cargo que ocupou até dezembro de 1976, quando foi substituído por Março Maciel.
Em 1978, reelegeu-se deputado Federal com a mais numerosa votação do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1986, foi nomeado ministro do STF, para ocupar a cadeira deixada em virtude da aposentadoria do ministro Cordeiro Guerra, tendo se aposentado em 1º de abril de 1992, quando foi designado ministro da Justiça no governo Fernando Collor.
Em 2 de abril de 1992, dia seguinte ao de sua saída do STF, Célio Borja assumiu o Ministério da Justiça em substituição a Jarbas Passarinho, em meio a uma ampla reforma ministerial promovida pelo presidente.
Manifestações
Em nome do STF, ministro Fux prestou condolências à dona Helena Maria Beni Carvalho de Oliveira Borja e aos filhos, netos e bisnetos do ministro.
"Célio Borja teve uma vida profissional marcada por caminhos diversos que o transformaram em um homem público de grande relevância nacional: foi professor de direito constitucional, deputado estadual e deputado federal por três legislaturas, chegando à Presidência da Câmara dos Deputados."