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Empresas são responsabilizadas por fraudes eletrônicas em 60% dos casos

Levantamento realizado pela Deep Legal, aponta que apesar dos clientes serem os principais responsáveis pelo compartilhamento das informações pessoais e bancárias, em mais de 60% dos casos judicializados, as instituições são condenadas, ainda que parcialmente.

17/1/2022

Com o aumento da demanda digital nos últimos anos, influenciada principalmente pela pandemia de Covid-19, os casos envolvendo fraudes eletrônicas estão cada vez mais presentes no dia a dia da população.

Segundo pesquisa realizada pela Federação Brasileira dos Bancos - Febraban, somente no primeiro semestre de 2021, os golpes de engenharia social (nos quais os dados das vítimas são usados por estelionatários digitais) aumentaram 165% no Brasil, em comparação com o segundo semestre de 2020.

(Imagem: Pexels)

Um levantamento realizado pela Deep Legal, Lawtech de inteligência e gestão preditiva, aponta que apesar dos clientes serem os principais responsáveis pelo compartilhamento das informações pessoais e bancárias, em mais de 60% dos casos judicializados, as instituições são condenadas, ainda que parcialmente. 

Entre as fraudes de engenharia social mais comuns estão o "golpe do motoboy", golpes no WhatsApp e o phishing (que teve crescimento de 26% nos seis primeiros meses de 2021, segundo a Febraban). Nesta modalidade, a pessoa recebe um link em nome de uma empresa com a qual mantém relacionamento ou com ofertas sedutoras e acaba fornecendo os dados pessoais e bancários sem perceber que se trata de um site falso.

De acordo com Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, “a cada ocorrência, um novo processo jurídico é criado, pois muitas vezes a pessoa que foi lesada recorre à Justiça para ter a compensação dos prejuízos, o que gera uma demanda ao jurídico da empresa”, explica. 

O estudo feito pela Deep Legal coletou informações de diferentes bancos de dados do judiciário brasileiro, em cerca de mil processos em curso envolvendo fraudes eletrônicas. Em mais de 60% das decisões judiciais, as empresas foram condenadas de alguma forma a ressarcir os clientes.

“Apesar do investimento das instituições e empresas de varejo em campanhas de orientação e na detecção do uso irregular de seus nomes e logomarcas, neste tipo de prática, o que está na mira do estelionatário digital é a desatenção do público que é levado pelo impulso em uma oferta tentadora, por isso é importante conhecer as modalidades de fraudes e a tendência de resultado das ações”, destaca Vanessa Louzada. 

Ainda segundo o levantamento da Deep Legal, as instituições financeiras e de pagamento (de diferentes portes) são as mais demandadas na Justiça por casos de fraudes eletrônicas, seguidas por empresas de telefonia e do varejo.  

Com o volume de golpes em ascensão e cada vez mais sofisticados, a especialista defende a necessidade de as empresas investirem em orientação e campanhas educativas, alertando continuamente seus clientes sobre os cuidados com operações eletrônicas.

“O uso de Legal Analytics apoia o jurídico das empresas a conhecerem com amplitude e profundidade as ações em andamento e, com isso, preparar a defesa adequada, além de implementar melhorias internas, a fim de evitar condenações futuras e o surgimento de antigas e novas modalidades entre seus clientes”

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