Aconteceu ontem a cerimônia virtual de premiação da 4ª edição do "Prêmio Lumen", promovido pelo CESA - SINSA. Incentivando o trabalho social e mobilizando as sociedades de advogado, o prêmio recebeu neste ano 35 projetos. Além dos tradicionais reconhecimentos às "Boas práticas de gestão" e "Iniciativas de responsabilidade social e pro bono", neste ano, em razão da pandemia, a organização instituiu uma nova categoria "Boas práticas no enfrentamento da Covid-19".
Nesta modalidade, o escritório Silveiro Advogados saiu vitorioso com uma iniciativa social que teve como objetivo treinar de forma gratuita profissionais em busca de colocação no mercado de trabalho. O projeto, que concorria com outros 18 escritórios de advocacia de todo o país, foi o treinamento para Data Protection Officer (DPO), profissional exigido para que as empresas possam se adaptar à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). O curso, oferecido pelo escritório de forma online e sem custos no ano passado, destinou-se exclusivamente a pessoas que estavam em busca de colocação no mercado formal de trabalho, de qualquer estado do Brasil. Em uma semana, foram mais de 950 inscritos e 765 selecionados.
O segundo lugar coube ao escritório Machado Meyer Advogados, que concorreu na premiação com o Guia Trabalhadoras Domésticas, projeto que visa facilitar o acesso às informações sobre saúde, direitos trabalhistas e violência doméstica.
"Receber o prêmio Lumen, nos enche de alegria e emoção. Mas precisamos destacar que o principal reconhecimento não foi este, mas sim o agradecimento emocionado de centenas de pessoas que voltaram a ter esperanças num futuro profissional mais promissor e, principalmente, a satisfação daquelas que conseguiram recolocação já durante o nosso curso. Esse prêmio, na verdade, é dessas pessoas, por perseverarem na busca de novos caminhos, em tempos tão difíceis", afirma Rodrigo Azevedo, sócio coordenador da área de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Informação de Silveiro Advogados..
Na categoria Boas Prática de Gestão, com sete iniciativas inscritas, o grande vencedor foi o escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, com o projeto Ação Afirmativa para Equidade Racial, que beneficia estudantes negros do curso de Direito. Os outros dois projetos finalistas foram o "Projeto Apollo – inovação no universo das audiências", do SiqueiraCastro, que levou o segundo lugar, e "D MULHERES", Demarest Advogados, em terceiro.
Ao agradecer o prêmio, Roberto Quiroga, sócio Mattos Filho ressaltou a importância dos escritórios em voltarem a atenção para políticas de boas práticas. "Todos os projetos são exitosos na parte de responsabilidade social e de gestão, mas o Mattos Filho está extremamente feliz em ter sido vitorioso com o Soma Talentos, uma política afirmativa que está em seu terceiro ano com 32 estudantes negros, pretos e pardos. Está sendo muito inspirador e interessante."
Na modalidade Iniciativas de Responsabilidade Social e Pró Bono, que recebeu 10 inscritos, venceu o escritório SiqueiraCastro, com o projeto Muiraquitã, voltado à proteção da população indígena. O segundo lugar foi conquistado pelo Pessoa e Pessoa Sociedade de Advogados, responsável pelo Programa de Capacitação na Área Trabalhista Para Juventude Negra. Em terceiro, ficou o Projeto RequaliFICA, do escritório Marco Aurélio Braga Advogados.
"É muito emocionante, especialmente num ano tão difícil para todos, conseguir manter engajamento da equipe para dedicar um pouco do seu tempo a inicitivas tão importantes, especialmente nesse projeto voltado a um povo tão marginalizado e vulnerável da nossa sociedade", declarou Gustavo Gonçalves Gomes, representante do SiqueiraCastro.
Veja como foi a premiação: