O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, comentou a decisão da 2ª turma do STF, que considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito para julgar o ex-presidente Lula. Por 3 votos a 2, o STF decidiu que as provas apresentadas sobre o tríplex serão anuladas. Segundo Lira, a Lava Jato atuou como um Estado policial. Lira também avaliou que a operação enfrentou poderosos, mas agiu parcialmente, foi seletiva e promoveu perseguições.
“O Supremo Tribunal Federal decidiu fazer uma revisão histórica sobre a Lava Jato. A Operação jamais poderá ser contestada em sua coragem de enfrentar os poderosos, os grandes interesses, a corrupção sistêmica. Mas o Estado policial, para o qual a Lava Jato descambou em certos momentos, lamentavelmente, com suas parcialidades, seletividade e perseguições, jamais poderá também merecer o perdão da História”, afirmou Lira em suas redes sociais.
Perseguição
O líder do PT, deputado Bohn Gass, afirmou que a decisão do STF pela suspeição do ex-juiz Sérgio Moro demonstra que o ex-presidente Lula é inocente das acusações. "Lula foi um perseguido político. Hoje acaba uma das maiores farsas do Judiciário brasileiro", afirmou.
Bohn Gass acusou a Lava Jato de destruir a Petrobras e provocar a crise econômica e o aumento do desemprego no Brasil. Ele citou estudo do Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos em que a Lava Jato seria responsável pela perda de 4,8 milhões de empregos e de R$ 173 bilhões em investimentos.
Crimes
Já o deputado Marcel Van Hattem afirmou que o ex-presidente Lula não é inocente. "Isto é uma farsa e uma mentira. Lula cometeu crimes contra a nação e se beneficiou da corrupção do seu governo. Deveria estar na cadeia", declarou.
Van Hattem acusou a decisão do Supremo de parcialidade. "A Suprema Corte, em vez de fazer Justiça, está fazendo política", lamentou. "Suspeitos são os ministros que, ao sabor das pressões de políticos, têm feito valer a opinião de parte daqueles que querem se safar da Justiça."
Informações: Agência Câmara de Notícias.