Nesta terça-feira, 23, a ministra Cármen Lúcia reconheceu a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro nas decisões sobre Lula na Lava Jato e, assim, integrou a corrente vencedora pela suspeição do ex-juiz.
Em 2018, a ministra não havia conhecido do HC e, por conseguinte, foi contra a suspeição de Moro naquela oportunidade. Nesta tarde, no entanto, Cármen mudou seu entendimento no sentido de reconhecer que Lula não teve um julgamento justo pelas mãos de Moro.
De acordo com a ministra, houve uma "espetacularização" nos atos de Moro (como a condução coercitiva) "que junto com outros que vão se somando e demonstram, portanto, que a imparcialidade não presidiu todos aqueles atos do processo", disse.
Cármen Lúcia concedeu a ordem, seguindo o entendimento de Gilmar Mendes e Lewandowski. A ministra salientou que "todo mundo tem direito a um julgamento justo, por um juiz imparcial, por um tribunal independente e, principalmente, no qual ele possa comprovar todo os comportamentos que foram aos poucos sedimentando e se consolidando".