Após o voto do ministro Nunes Marques - que não reconheceu a suspeição de Sergio Moro – o ministro Gilmar Mendes fez algumas observações.
De forma contundente, e rebatendo argumentos do voto de Nunes Marques, o ministro falou que a desmoralização da Justiça já ocorreu, "o Tribunal de Curitiba é conhecido mundialmente como Tribunal de exceção”.
Em seu voto, Nunes Marques afirmou que é necessário resguardar o sistema garantista e, assim, não considerar como admissíveis as conversas vazadas entre Moro e a Lava Jato. Gilmar Mendes, por outro lado, afirmou: “Não é garantismo, é indecência”.
Gilmar Mendes também contestou Nunes Marques no ponto em que afirmou que HC não é a via processual adequada para analisar a suspeição de Moro. Para Gilmar Mendes, "HC é instrumento, sim, para afirmar a suspeição de magistrado (...) De fato, e quem já estudou alguma coisa de HC, sabe que ele tem uma estrutura processual muito peculiar, e por isso está aí até hoje".