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ISTOÉ - Os 100 brasileiros mais influentes de 2007

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9/1/2007


ISTOÉ

Os 100 brasileiros mais influentes de 2007

A Revista ISTOÉ divulga em sua primeia edição do ano os 100 brasileiros que, segundo a publicação, irão influenciar o ano que agora começa. Entre os notáveis nomes estão: o advogado Roberto Podval, do escritório Podval, Rizzo, Mandel, Antun e Advogados Associados, Celita Procópio, que preside a Fundação Armando Alvares Penteado - FAAP, Ellen Gracie, Márcio Thomaz Bastos, Marco Aurélio Mello e outros.

 

Veja abaixo.

Por Manoel Francisco Pires da Costa*

Não se pode falar de Celita Procópio sem falar da instituição que ela preside, a Fundação Armando Álvares Penteado, de São Paulo. A Faap tem méritos fantásticos e, para felicidade do próprio conde Armando Álvares Penteado e das pessoas que a dirigiram depois dele, surgiu essa figura magnânima que é a Celita, elegante, corretíssima e de uma lealdade intelectual muito forte. Ela formatou uma administração correta, com poucos e competentes colaboradores. Assim, a Faap cresceu muito, particularmente na história da arte. A mostra sobre Napoleão foi quase uma chamada de conceito. Depois, as exposições sobre a China e o Egito. Agora, tivemos essa beleza que foi a mostra sobre os deuses gregos. Não só as exposições são magníficas, como é magnífica a maneira de montá-las. Portanto, Celita é a personagem máxima em matéria de cultura no Brasil. Ela está dando uma lição de competência a todos nós.

*Manoel Francisco Pires da Costa, presidente da Fundação Bienal de São Paulo

Por Nélson Jobim*

Discreta, austera e sobretudo organizada. Assim pode ser definida Ellen Gracie Northfleet, a primeira mulher a assumir a presidência da máxima corte da Justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal (STF). Bisneta de americanos, ela nasceu no Rio de Janeiro, formou-se no Rio Grande do Sul e, pelas mãos de Fernando Henrique Cardoso, conquistou uma das 11 cadeiras do STF há seis anos. Em abril de 2006, Ellen foi alçada a presidente da Casa, posto que lhe põe em vantagem para galgar outro feito inédito na história do Brasil. Quarta pessoa na linha sucessória do Palácio do Planalto, ela pode ser também a primeira mulher a assumir a Presidência da República. Divorciada, 58 anos, mãe de uma filha advogada, Ellen também preside o Conselho Nacional de Justiça, órgão responsável por fazer o controle externo do Judiciário. Do alto desse posto, aliás, ela encerrou o ano como condutora de uma causa popular num país desigual como o Brasil: ordenou a redução dos salários de desembargadores que ganham mais de R$ 22 mil. Ela também sentiu na carne o drama das grandes cidades brasileiras ao ser vítima, no início de dezembro, de um assalto no Rio de Janeiro, junto com seu colega Gilmar Mendes, vice-presidente do STF. Por trás da face cuidadosamente maquiada, dos indefectíveis cabelos laqueados e da pose sempre altiva, se esconde uma mulher com hábitos comuns, que gosta de cozinhar e fazer ginástica. Sua maior característica, entretanto, é o apego aos livros. Ellen Gracie, como costuma dizer seu amigo Nelson Jobim, é uma Caxias de marca maior. Talvez por isso tenha chegado tão longe.

*Nélson Jobim é ministro do Supremo Tribunal Federal

O advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos chegou ao Ministério da Justiça em janeiro de 2003 carregando um currículo muito diferente dos políticos tradicionais. Não possuía expressiva vivência partidária, mas tinha as credenciais de um jurista reconhecido nacionalmente e fora advogado do próprio presidente Lula. Em pouco tempo se tornou um ministro de primeira grandeza ao conduzir a reforma do Judiciário. Resgatou a credibilidade da Polícia Federal e com a crise do mensalão acabou se tornando um dos principais interlocutores do presidente. A oposição tentou lhe impor o carimbo de advogado do governo, mas Bastos não deu ouvidos. Deverá deixar o Ministério nos próximos 30 dias, contrariando a vontade de Lula. No entanto, mesmo fora do governo, será com certeza um dos homens a ser ouvidos pelo presidente durante seu segundo mandato.

Ele poderia ter se aposentado aos 49 anos, mas preferiu continuar na ativa. Hoje, aos 60 anos, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é um homem que se tornou conhecido pelas diversas brigas e polêmicas em que se envolveu. Foi ele quem rejeitou as contas do PT na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Também foi ele quem obrigou o tucano Geraldo Alckmin a refazer suas contas. Ambos foram enquadrados porque a legislação proíbe que empresas concessionárias de serviços públicos façam doações. Na televisão, Marco Aurélio promoveu campanhas educativas – não para explicar o funcionamento da urna eletrônica, como ocorreu em eleições anteriores, mas para falar da importância da eleição. O eleitor foi orientado a não votar em quem não confiaria a sociedade de uma empresa.

No índice do Anuário dos 150 maiores escritórios de advocacia do Brasil há todas as áreas do direito, menos a criminal – o anuário não se propôs a abrangê-la. Isso no índice. Na página 152 do livro, no entanto, lá se encontra o nome do advogado Roberto Podval, e ele é criminal. Erro do índice? Não. É que o sucesso de seu escritório por onde passam os casos mais importantes do País e o fato de Podval pisar 2007 como um dos profissionais mais influentes no setor tornam impossível a sua não inclusão entre os melhores do Brasil. Nomeiam o escritório, em São Paulo, os seguintes advogados: Roberto Podval (foto), Beatriz Rizzo, Paula Mandel e Odel Antun. O diferencial é que cada cliente é acolhido e acompanhado por toda a equipe como se fosse o único: de forma individualizada e personalizada. Não é à toa que cada advogado não chama o escritório de escritório – chama-o de “minha casa”.

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Fonte: ISTOÉ - 10 de Janeiro de 2007.

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