Não foi a primeira vez que pacotes de dinheiro foram encontrados em lugares inusitados como no episódio do senador Chico Rodrigues, flagrado com dinheiro nas nádegas em operação da PF. Ao longo da história, os lugares para esconder o “faz-me-rir” foram ficando ainda mais criativos: de fundos falsos, chegaram a bíblia, bunker, mala, lixo e cueca. Relembre os flagrantes.
Fundo falso
A PF apreendeu, em 2015, durante a operação My Way, nona fase da Lava Jato, dinheiro e relógios de luxo em fundos falsos na sede da Arxo, empresa contratada da Petrobras. O dinheiro estava distribuído entre notas de real, euro e dólar.
Bíblia
Os bispos da Igreja Renascer em Cristo, Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estevam Hernandes Filho, foram presos em 2007 no aeroporto de Miami, na Flórida, com US$ 56 mil em dinheiro não declarado. Segundo um documento da imigração americana, o dinheiro estava, além da Bíblia, escondido em um porta CDs, mochila e em parte da bagagem despachada.
Mala
Em 2017, o ex-deputado Rocha Loures filmado pela PF saindo com uma mala cheia de dinheiro de um estacionamento de uma pizzaria em São Paulo. Segundo delações de executivos da JBS, seriam dinheiro de propina. Loures foi preso em 3 de junho do mesmo ano, em sua casa, em Brasília.
Bunker
Também em 2017, a partir de denúncia anônima, a PF apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador que o ex-ministro Geddel Vieira Lima e seu irmão, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima usavam para guardar o dinheiro em espécie. O local ficou conhecido como “Bunker”.
Lixo
Neste ano, em junho, câmeras de segurança registraram o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Waldir Teis, descendo 16 andares de escada para se livrar (jogando no lixo) de quase R$ 500 mil em cheques durante busca e apreensão no escritório dele, em Cuiabá, durante a 16ª fase da Operação Ararath.
Cueca
Em 2005, José Adalberto Vieira da Silva, então assessor do deputado José Guimarães, foi preso em flagrante pela PF no aeroporto de Congonhas, em SP, quando tentava embarcar para o Ceará com US$ 100,5 mil escondidos na cueca e R$ 209 mil acondicionados em uma sacola.
Cueca - II
Em busca e apreensão autorizada pelo ministro Barroso, o senador Chico Rodrigues, enfiou pacotes de dinheiro na cueca. Ele explicou que, em ato de impulso ao ser acordado pela polícia, protegeu o dinheiro do pagamento dos seus funcionários: "Se levassem, ninguém iria receber naquela semana."
O parlamentar é suspeito de fraude e indevida dispensa de licitações, de peculato e de integrar organização criminosa voltada ao desvio de recursos federais destinados ao combate da pandemia.