O plenário do STF realizou nesta quarta-feira, 9, a última sessão de julgamentos da gestão do ministro Dias Toffoli na presidência. Os colegas da Suprema Corte prestaram homenagens a Toffoli e o parabenizaram pela gestão do Judiciário.
O ministro aposentado Sepúlveda Pertence apareceu em vídeo exaltando o trabalho de Dias Toffoli na presidência do STF: “gestão magnífica”, disse. Pertence relembrou as ocasiões nas quais Dias Toffoli sustentou da tribuna do STF quando ainda era AGU e ressaltou seu bom trabalho.
Posteriormente, o ministro Alexandre de Moraes discursou acerca da grande capacidade administrativa e de gestão de Toffoli. Para Moraes, o ministro Toffoli soube fazer o correto, mesmo que criticado fosse, sempre aliado ao diálogo: “Não lhe faltou coragem”, afirmou. Alexandre de Moraes finalizou sua fala enaltecendo a amizade entre eles e brincou: “gigantesco coração, apesar de palmeirense”.
O ministro Gilmar Mendes afirmou que Dias Toffoli deixa um legado exemplar com o fortalecimento da Democracia. Segundo demonstrou o ministro Gilmar, Toffoli deixa a presidência do STF com o menor acervo processual dos últimos 24 anos: "V. Exa. deu uma importante contribuição à história do Judiciário brasileiro", afirmou.
O ministro Edson Fachin homenageou Dias Toffoli dizendo que S. Exa. "é radicalmente um democrata", que rejeita o arbítrio. Em seguida, o PGR Augusto Aras avaliou como "brilhante" a passagem de Toffoli na chefia do Judiciário, período em que se viu o aperfeiçoamento da Justiça no Brasil.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, também marcou presença na sessão e reiterou que o diálogo proporcionado por Dias Toffoli em momentos difíceis "foi muito importante para o destino do nosso Brasil". Bolsonaro elogiou a capacidade de Toffoli em se antecipar dos problemas e propor soluções. Por fim, pediu iluminação a Deus para poder indicar o próximo ministro do STF.
Agradecimentos
O ministro Dias Toffoli, em seu discurso, agradeceu a todos os servidores do Judiciário enfatizando o funcionamento da Justiça sem cessar, mesmo nas mais adversas circunstâncias. Toffoli afirmou que prezou pelo diálogo nos desafios da jornada: "Não devemos temer o diálogo, mas a ausência dele. A quem interessa a ausência do diálogo?", disse.
O ministro enfatizou o "peso da cadeira" da presidência do STF, como um dos chefes de Poder da nação brasileira: "não é pouca coisa (...) Tudo o que fiz nestes dois anos foi buscando a concretização da essência da Constituição Federal de 1988", afirmou.