Migalhas Quentes

Bolsonaro defende Gusttavo Lima e diz que cantor foi "covardemente atacado" após live

Cantor é alvo de representação ética por suposta irregularidade em propaganda de bebida alcoólica durante transmissão.

17/4/2020

O presidente da República Jair Bolsonaro usou suas redes sociais nesta quinta-feira, 16, para sair em defesa de Gusttavo Lima. Disse o presidente que o cantor foi atacado "injusta e covardemente" depois de realizar live no último fim de semana em sua própria casa.

O cantor sertanejo é alvo de representação no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) por supostas irregularidades em propagandas de bebidas alcoólicas feitas durante as transmissões.

Segundo o presidente, o cantor e outros sertanejos têm sido heróis na luta contra a covid-19.

Mais cedo, o filho do presidente e deputado Federal Eduardo Bolsonaro também usou a rede social para defender o sertanejo."Não se influencie por vagabundos", disse.

Representação ética

O Conar - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária abriu na terça-feira, 14 uma representação ética contra as ações publicitárias realizadas nos shows "Live Gusttavo Lima - Buteco em Casa" e "Buteco Bohemia em Casa", do cantor Gusttavo Lima, transmitidos pelas redes sociais no dia 28 março e 11 de abril.

Segundo o órgão, o processo foi aberto a partir de denúncias recebidas de dezenas de consumidores, que consideraram que as ações publicitárias realizadas pela Ambev "carecem de cuidados recomendados pelo Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária para a publicidade de bebidas alcoólicas", e que as ações publicitárias feitas durante a live poderiam estimular o consumo irresponsável de álcool.

Em seu twitter, o cantor destacou que, além de interagir com o público, as lives visam arrecadar alimentos, e afirma: "não atrapalhem quem está procurando ajudar nossos irmãos necessitado".

A Ambev informou que envia aos artistas patrocinados em lives um guia sobre as regras do Conar, mas disse que algumas orientações não foram seguidas. A empresa disse que vai reforçar essas recomendações.

A Ambev e o cantor podem enviar suas defesas ao Conselho de Ética, segundo o Conar, ou adaptar "de imediato o conteúdo publicitário das lives às regras éticas" — ou seja, retirar trechos da transmissão do ar.

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