Vôo 1907
Famílias de vítimas do vôo da Gol entram na Justiça dos EUA
As famílias de dez das vítimas do acidente com o vôo 1907 da Gol entraram com uma ação na Justiça dos Estados Unidos contra as empresas americanas ExcelAire e Honeywell alegando negligência.
O Boeing 737 da Gol caiu em uma área de floresta no norte do Mato Grosso, no dia 29 de setembro, depois de se chocar no ar com um jato executivo Legacy, matando todas as 154 pessoas a bordo. Nenhum dos ocupantes do Legacy ficou ferido.
A ExcelAire é a proprietária do jato Legacy, e a Honeywell é a fabricante do transponder - um rádio receptor-transmissor que envia e recebe sinais, incluindo o tipo de avião e sua altitude, para outros aviões e as torres de controle.
Os dois pilotos americanos do jato executivo foram mantidos no Brasil para aguardar o resultados das investigações.
Na ação judicial, as famílias alegam que os pilotos do jato estavam voando em uma altitude incorreta e que o transponder não estava funcionando no momento do acidente.
"A negligência e a omissão da ExcelAire e de seus pilotos (...) foram um fator substancial para a colisão", disse Robert Lieff, um dos advogados que representa as famílias das vítimas.
"A Honeywell também tem responsabilidade pela colisão e pelas mortes porque projetou o transponder defeituoso", afirmou.
A Honeywell afirmou que não tem conhecimento de qualquer evidência sobre as falhas no funcionamento do transponder no momento da colisão. A ExcelAire ainda não comentou a ação.
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