Em texto publicado no site R7, o jornalista Augusto Nunes critica de forma dura o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.
Nunes questiona a declaração de Celso de Mello que, ao saber do fomento presidencial ao protesto contra Congresso e STF, disse que é coisa de quem não está à altura do cargo.
Ao final do texto, o jornalista, de forma jocosa, afirma que em vez “do Águia de Haia” (sic) temos que nos conformar com “o Pavão de Tatuí”.
O tom é o mesmo de quem, dias atrás, já mostrando alteração dos sentidos, atracou-se com o jornalista Glenn Greenwald, no programa Pânico.
O fato é que a crítica ao decano do STF tem por trás um componente que diminui a pó a biografia do próprio jornalista. Com efeito, trata-se de uma adulação gratuita (?) e pueril ao presidente Jair Bolsonaro.
O que explica essa bajulação?
Enfim, além de ofender o ministro, o jornalista agride a história. De fato, o conselheiro Rui Barbosa não é conhecido como “nosso” Águia de Haia”, e sim como “nossa Águia de Haia”. O gênero do substantivo faz, neste caso, toda a diferença.
Mas já que o jornalista pelo visto gosta de epítetos, poderíamos ajudá-lo com uma alcunha. Que tal “O Platinado de Taquaritinga”?
E viva o interior de São Paulo!
Post Scriptum - Assim como sempre faz o presidente da República, citando frase bíblica, é bom lembrar Eclesiastes 3:20 - “Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão.”